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Vacinas podem provocar autismo? E câncer? Especialista explica

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Hangzhou - China, 02/09/2016. Presidente Michel Temer durante encontro com o presidente da República popular da China, senhor Xi Jinping, na casa de hospedes oficial do Lago Oeste. Foto: Beto Barata/PR

Diversas informações sobre vacinas circulam na rede e uma delas de que vacina provoca autismo, mas será que isso é mesmo verdade?

Vacina provoca autismo? E câncer? Recentemente, muitas notícias circularam no Brasil sobre as vacinas. Essas informações são perigosas e podem colocar a saúde da sociedade em risco. Isso porque as pessoas podem ficar confusas e hesitar em vacinar seus filhos por conta das fake news.

De acordo com a infectologista Rosana Richtmann, consultora do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), não há nenhuma relação entre vacinas e o autismo.

Segundo a médica, a notícia falsa se deu origem em um artigo publicado nos anos 90, sobre uma pesquisa forjada, que relacionava o autismo à vacina tríplice viral. “Isso não é verdade. O que é verdade é que, se você deixar de vacinar seu filho para sarampo, e ele tiver a doença, pode ter complicações graves no sistema nervoso central”.

Vacina não provoca autismo nem HPV

Há também uma notícia que relaciona a vacina do HPV à uma espécie de castração química. Segundo o texto, o governo estaria tentando evitar que as adolescentes engravidassem no futuro. A informação também é falsa. “Isso não existe. A vacina do HPV é fantástica. Ela é para prevenir o câncer relacionado ao HPV em ambos os sexos. Inúmeros países usam. A Austrália, por exemplo, já está praticamente eliminando o HPV por conta da vacinação de adolescentes”, explica.

Rosana esclarece ainda que as vacinas não interferem no sistema autoimune. “Este é outro mito. A quantidade de antígenos a que expomos alguém quando estamos vacinando é muito pequena em relação a todo o resto a que somos expostos todo dia”.

Outra notícia que circula na internet é que a vacina da gripe provoca efeitos colaterais e que apenas os medicamentos importados seriam eficientes. A médica explica que a vacina que é feita no Brasil tem troca de tecnologia com a França e excelente qualidade.

O país é autossuficiente na produção de vacinas e elas são extremamente boas. Eventos adversos têm alguns efeitos como dor de cabeça são possíveis, mas ela não causa outras doenças.

Link deste artigo:https://saude.ig.com.br/minhasaude/2019

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