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Programa de Lula vira dor de cabeça e recebe críticas até de aliados

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Repercussão negativa nas redes fez o governo recuar e planejar uma campanha de orientação

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O novo crédito consignado com garantia do FGTS, lançado pelo governo Lula como aposta para baratear dívidas e ganhar apoio popular, estreou há uma semana, mas já gera polêmica. Influenciadores aliados ao presidente, como Nath Finanças e Gil do Vigor, criticam o uso do fundo como garantia, alertando que ele é, para muitos, a única reserva do trabalhador.

Economistas próximos ao governo também demonstram preocupação. Eles apontam que os juros praticados estão longe dos anunciados pelo Planalto. Simulações indicam taxas acima de 3% ao mês, o que desestimula contratações e gera um número maior de simulações do que de empréstimos efetivados.

A oposição logo aproveitou para desgastar o governo. A ministra Gleisi Hoffmann apagou um post em que chamava o empréstimo de “empréstimo do Lula”, após críticas de que estaria incentivando o endividamento da população. A repercussão negativa nas redes fez o governo recuar e planejar uma campanha de orientação.

A ideia agora é esclarecer que o novo consignado deve ser usado com cautela e apenas para quitar dívidas mais caras, como cheque especial ou cartão de crédito. A campanha, segundo o Planalto, deve focar na troca de dívidas com juros altos por condições mais vantajosas.

Bradesco, Itaú e Santander só devem começar a operar o sistema em 25 de abril. Enquanto isso, os dados iniciais vêm da Caixa e do Banco do Brasil. A Caixa já liberou R$ 226 milhões com juros entre 1,7% e 2,5%. O Banco do Brasil emprestou R$ 300 milhões com média de 2,52% ao mês.

Mesmo com R$ 1 bilhão movimentado até agora, o cenário é de incerteza. O Banco Central ainda não incluiu o novo consignado em suas projeções. O presidente da instituição, Gabriel Galípolo, afirmou que há dúvidas sobre o real impacto da medida na economia e se isso vai gerar crédito novo ou apenas substituir dívidas antigas.

A promessa de alívio financeiro acabou cercada por críticas, juros altos e incertezas. A medida que pretendia impulsionar a imagem de Lula escorregou num terreno conhecido da política brasileira: o do populismo mal calculado.

Fonte: PNN

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