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Pesquisa aponta declínio da confiança em líderes mundiais

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Uma pesquisa encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, realizada pelo instituto Gallup e divulgada nesta segunda-feira, aponta queda da confiança da população mundial nos líderes políticos e econômicos, e em sua capacidade de transformar a vida dos cidadãos comuns para melhor.

O encontro anual do Fórum Econômico Mundial ocorre em Davos (Suíça) entre 24 e 28 de janeiro. De acordo com o estudo, no qual foram entrevistadas 55 mil pessoas em 60 países, os líderes políticos não são capazes de usufruir da melhor maneira do poder que lhes é atribuído.

As entrevistas, realizadas entre novembro de dezembro de 2006, representam o ponto de vista de 1,5 bilhão de pessoas no mundo todo. O estudo é feito pelo quarto ano consecutivo.

Os países da África se mostraram os mais pessimistas em relação aos seus líderes. Na região, 81% afirmam que os representantes políticos africanos são desonestos. No Leste Europeu, 60% dos entrevistados também disseram acreditar que a corrupção é característica de seus líderes.

Um total de 56% dos americanos concordam com esta opinião, que é ainda mais difundida nos países da América Latina, onde 90% dos bolivianos, 89% dos peruanos, 89% dos equatorianos e 80% dos venezuelanos dizem acreditar que seus líderes políticos são corruptos.

Na Europa Ocidental, os entrevistados demonstraram uma visão um pouco mais positiva a respeito de seus representantes: 76% dos austríacos, 69% dos alemães, 54% dos belgas, 52% dos noruegueses e 50% dos suíços dizem crer que os políticos são desonestos.

Questionados a respeito das questões que devem ser priorizadas pelos líderes, a maior parte –15%– mencionou a redução dos conflitos mundiais como a principal questão. Em seguida, aparece a erradicação da pobreza, apontada por 13% dos entrevistados.

Outros 12% no mundo todo defenderam o crescimento econômico e o combate ao terrorismo como questão prioritária. Um total de 11% citou a questão da desigualdade social.

Segurança

Segundo o estudo, 48 % dos cidadãos também dizem acreditar que o mundo será menos seguro para a próxima geração, dos quais 19% afirmam que a situação será “bem menos segura”.

A Europa Ocidental é a região mais pessimista em relação à segurança mundial, onde 68% dos cidadãos dizem que o mundo será menos seguro no futuro.

Nos EUA, 59% também defendem que a próxima geração viverá com menos segurança, contra 15% que dizem crer no contrário.

No Oriente Médio, região que vivenciou a escalada de muitos conflitos recentemente, a população parece estar um pouco mais otimista com a segurança.

Um total de 24% dizem crer que estarão mais seguros no futuro, contra 46% que defendem o contrário.

Economia

Na pesquisa, foi perguntado ainda aos entrevistados se eles acreditavam que a geração futura viveria em um mundo de mais prosperidade econômica.

Globalmente, 40% dos entrevistados disseram acreditar no aumento da prosperidade, contra 31% que defendem a diminuição.

Questionados sobre uma maneira para restaurar a confiança pública nas instituições privadas, 32% dizem acreditar que mais transparência e melhora na administração são necessárias, além da punição a medidas ilegais adotadas pelas corporações, sugerida por 30%.

Um total de 71% dos cidadãos dizem que encontros entre líderes globais para discutir a solução para questões internacionais são “muito úteis” ou “úteis” para tentar contornar os problemas.

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