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Metade das matas derrubadas no mundo está no Brasil

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Más notícias sobre o desmatamento no Brasil, infelizmente, são corriqueiras. A cada três meses o governo mede o tamanho da derrubada de florestas na Amazônia, com perdas progressivas. Um novo número acaba de ser divulgado – e desta vez vem de fora. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), 42% das matas derrubadas em todo o mundo entre 2000 e 2005 estavam em território brasileiro. Foram 31 mil quilômetros quadrados de clareiras abertas a cada ano, o equivalente a 20 vezes a área da cidade de São Paulo. No planeta inteiro esse número chegou a 73 mil quilômetros quadrados a cada 12 meses, diz a Agência Estado.

Durante esse período o Brasil sofreu um ritmo de destruição seis vezes superior à média mundial. A cada ano o país perdeu 0,6% de sua cobertura. De acordo com o relatório, os lucros com a expansão da agricultura, do etanol e do gado continuarão a predominar nos próximos anos sobre a tentativa de frear o desmatamento.

Junto com os efeitos do aquecimento global, o desflorestamento pode transformar a Amazônia em savana, diz estudo feito com modelos computacionais e divulgado na semana passada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Se até 2100 a temperatura aumentar em 5 graus centígrados e forem desmatados 60% da floresta, a área de savana crescerá 215,6%. Nesse cenário, apenas 44,2% da floresta derrubada se regenerará, afirma a Folha de S.Paulo.

Não é apenas a Amazônia que sofre. O Paraná está acabando com o pouco que resta de araucária – apenas 0,8% do que já existiu. É uma árvore milenar em extinção, símbolo do estado. Ações recentes de fiscalização do Ibama e da Polícia Federal por lá encontraram “pinheiros que viraram carvão, imbuia transformada em palanques de cerca e cedro na forma de cavaco para alimentar caldeiras”, diz a Gazeta do Povo. Árvores de 100 anos e com 1m55 de diâmetro foram encontradas no chão.

As operações no Paraná foram realizadas nos últimos seis meses e resultaram em 31 autos de infração, com multas de R$ 6 milhões e apreensão de 1,3 mil metros cúbicos de madeira – equivalentes à carga de 86 caminhões. Essas tristes estatísticas, porém, têm um aspecto positivo. Significam que os focos de desmatamento estão sendo devidamente monitorados e as ações criminosas, fiscalizadas. São os primeiros passos na difícil missão de preservar as matas brasileiras.

RdaSema

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