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Irã afirma que acusações ocidentais têm motivação política

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As reações dos Estados Unidos e dos países europeus que chamaram de provocação o anúncio de enriquecimento de urânio na nova central iraniana de Fordo têm "motivação política", afirmou o representante do Irã na AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

"Todas as atividades nucleares do Irã, em particular o enriquecimento de urânio em Natanz e Fordo, estão sob vigilância dos inspetores da AIEA e suas câmeras vigiam estas atividades as 24 horas do dia", afirmou Ali Asghar Soltanieh. "As reações são exageradas e têm motivação política".

A AIEA confirmou na segunda-feira o Irã começou a enriquecer urânio a 20% na usina de Fordo, no centro do país, protegida por uma montanha e difícil de ser alvo de um eventual ataque. As atividades nucleares podem aumentar a tensão entre o país islâmico e o Ocidente.

Em comunicado, a agência afirmou que "todo o material nuclear na instalação permanece sob supervisão da agência". Pouco antes, o representante iraniano na AIEA havia anunciado que as operações em Fordo haviam começado.

REAÇÃO

O governo dos Estados Unidos denunciou uma "nova escalada na violação das obrigações na área nuclear" do Irã. Alemanha, França e Reino Unido também criticaram o Irã.

A confirmação da AIEA aumenta o atrito entre o Irã e o Ocidente em relação à questão nuclear do país. A república islâmica é acusada de usar o enriquecimento para a produção de armas atômicas, mas as autoridades negam.

Com a inauguração de Fordo, a expectativa é de que as conversas entre as partes possam ser bloqueadas. Há tentativas de negociação sobre o programa nuclear com membros do Conselho de Segurança da ONU, mas há um ano que o diálogo está paralisado.

Em dezembro, os iranianos anunciaram que desejavam voltar a discutir com o grupo 5+1, composto por Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França, China e Alemanha.

SANÇÕES

O último relatório da AIEA fez com que EUA, Canadá, Reino Unido e outros países da UE (União Europeia) aumentassem as sanções econômicas contra o Irã. O texto sugeria que o país tentava fazer armas nucleares.

Teerã disse que o relatório era baseado em informações falsas de órgãos de inteligência ocidental e defende que o programa é inteiramente pacífico.

Em dezembro, o Irã começou dez dias de exercícios no estreito de Hormuz. As ações militares são mais um capítulo do aumento da tensão entre o Ocidente e Irã vem aumentando, devido ao programa nuclear do país islâmico.

F.COM
FRANCE PRESSE
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

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