Início Mundo França dá mísseis e fuzis aos rebeldes líbios, diz jornal

França dá mísseis e fuzis aos rebeldes líbios, diz jornal

0

A França enviou armas aos rebeldes líbios das áreas montanhosas ao sul de Trípoli para tentar acabar com o impasse na guerra com as forças do ditador Muammar Gaddafi e permitir que os oposicionistas possam avançar até a capital da Líbia. A informação é do jornal francês “Le Figaro”.

Os rebeldes líbios pediram inúmeras vezes aos países ocidentais por armas melhores, para combater as forças de Gaddafi. A coalizão, contudo, rejeitou oficialmente os apelos, com medo das consequências de armar grupos desconhecidos.

No começo da ofensiva internacional, contudo, houve relatos de que o Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político rebelde, recebeu armas do Qatar e de outros emirados do Golfo em Benghazi e Misrata. A ajuda nunca foi confirmada.

Segundo o jornal, as armas incluem mísseis antitanque do tipo Milan, foguetes, fuzis e metralhadoras. Elas foram entregues aos rebeldes líbios na região de Djebel Nafusa, nas últimas semanas, por meio de lançamentos com paraquedas –que permite uma aterrissagem de grande precisão.

A “ajuda” teria vindo depois da França constatar, no começo de maio, que a ofensiva dos rebeldes não conseguia ganhar terreno na Líbia e que as frentes de batalha corriam risco de se estabilizar.

De acordo com o “Le Figaro”, as armas enviadas pela França ajudaram os rebeldes a controlar uma ampla zona que vai da fronteira com Túnez a Gharian, cerca de 60 km ao sul de Trípoli. Eles tomaram as cidades de Nalut, Tiji, Al Jawsh, Shakshuk e Yafran.

O avanço garantiu ainda controle de pistas de aterrissagem por onde chegam pequenos aviões do Golfo.

A ideia é que os rebeldes consigam chegar a Trípoli para organizar uma revolta no reduto das forças de Gaddafi, com a ajuda dos mercenários do regime que estariam insatisfeitos, sem receber salário, e da própria população, que sofre uma escassez de gasolina e “não aguenta mais”.

Um alto funcionário citado pelo “Le Figaro” afirma que a França agiu por conta própria, sem o apoio dos países aliados na intervenção militar na Líbia, comandada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

F.COM

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Please enter your comment!
Digite seu nome aqui

Sair da versão mobile