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Desmatamento vem causando ataque dos insetos

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Mudanças climáticas bruscas, furacões, ondas gigantes e calotas polares derretendo. Além de todas essas consequências da intervenção do homem na natureza e no clima do planeta com o desmatamento e a poluição, outro fator tem chamado a atenção e gerado um efeito colateral imediato: a invasão de insetos nas cidades e nas plantações.

No Brasil, o bairro Nordeste de Amaralina, em Salvador (BA), bateu recorde de ataque de escorpiões. Segundo pesquisa realizada por biólogos, de cada 100 moradores, seis já foram picados.

As principais razões são a falta de predadores naturais desses animais, como sapos e aves, e a grande quantidade de lixo amontoado nas ruas. Em 2008, 37 mil pessoas foram picadas por escorpiões no País, das quais 67 morreram.

“Os bichos invadem a cidade porque não têm onde viver na natureza. São obrigados a ocupar outros espaços e acabam se reproduzindo nas cidades. As pessoas chamam de ataque, mas não é isso. Os bichos não têm alternativa e, para piorar, as pessoas jogam lixo nas ruas, o que atrai ainda mais insetos”, explica o biólogo Luis Martini, consultor de educação ambiental.

Nos Estados Unidos, no Condado de Jefferson, no Colorado, a população sofre com o ataque de joaninhas. Elas chegaram à cidade aos milhares, atraídas pela primavera mais úmida que o normal e cobriram paredes das casas e os troncos das árvores.
Já na Europa, nuvens de gafanhotos invadiram a agricultura na região de Astrakhan, no sul da Rússia. Segundo autoridades locais, os insetos começaram a chegar em maio e em junho já haviam ocupado quase todas as áreas de Astrakhan.

O governo declarou estado de emergência na região e tenta combater a praga com pesticidas. “Isso é pior ainda, pois acaba com os predadores do gafanhoto e de outros insetos e desequilibra todo o ambiente.

Se um pássaro se alimenta de um gafanhoto doente (impregnado com veneno), a ave morre. Assim, outros insetos que aquele pássaro consumiria podem começar a se proliferar de forma mais rápida, pois não sofrem ação do predador”, diz Martini.

F.Uni

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