Um software de segurança cibernética, conhecido como Cobalt Strike, está no centro de uma polêmica que envolve acusações de espionagem do Brasil contra o governo do Paraguai.
O caso gerou atritos diplomáticos entre os dois países e veio à tona após o depoimento de um funcionário da Abin à Polícia Federal. Segundo informações do Uol, a operação de espionagem utilizou técnicas avançadas de intrusão, incluindo o uso do Cobalt Strike e o envio de e-mails com engenharia social para capturar dados sensíveis de autoridades paraguaias.
O que é o Cobalt Strike?
Criado em 2012 e adquirido pela empresa de cibersegurança Fortra em 2020, o Cobalt Strike é comercializado como uma solução para testes de penetração, permitindo que empresas simulem ataques cibernéticos para fortalecer suas defesas.
A capacidade do Cobalt Strike de explorar vulnerabilidades em sistemas e instalar o “beacon”, um arquivo malicioso que permite o controle remoto da máquina infectada, o torna uma ferramenta poderosa nas mãos de agentes maliciosos.
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Além disso, a dificuldade em identificar e bloquear a comunicação estabelecida pelo software o torna ainda mais atraente para atividades clandestinas.
O uso do Cobalt Strike em operações de espionagem levanta questões sobre a segurança cibernética e o uso de ferramentas de intrusão por agências governamentais. A possibilidade de versões piratas do software caírem em mãos erradas também representa uma ameaça crescente.
Diante das acusações, o governo brasileiro afirmou ter interrompido a ação assim que tomou conhecimento dela, em março de 2023. No entanto, o g1 destaca que o caso continua a gerar repercussões diplomáticas, com o governo paraguaio convocando o embaixador brasileiro para prestar esclarecimentos.
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