zona do euro entrou em sua primeira recessão técnica depois que a economia da região teve a segunda contração trimestral consecutiva entre julho e setembro, mostraram dados oficiais divulgados nesta sexta-feira.
De acordo com a agência de estatísticas da União Européia (UE), a Eurostat, a economia dos 15 países que usam o euro como moeda única encolheu 0,2% entre julho e setembro, depois de ter registrado o mesmo patamar de contração entre abril e junho.
Dois trimestres consecutivos de redução na atividade econômica marcam a definição técnica de recessão.
Na comparação anual, o crescimento econômico da região foi de 0,7% no terceiro trimestre, metade da taxa apurada no segundo trimestre.
Os dois dados ficaram em linha com as expectativas de economistas consultados pela Reuters.
“Agora que a recessão foi confirmada, o debate irá se concentrar sobre sua extensão e severidade”, afirmou Martin van Vliet, da ING Financial Markets. “Uma nova contração do PIB da zona do euro no atual quarto trimestre parece virtualmente assegurada”.
Com a Europa, bem como partes da Ásia e Amércia do Norte, sofrendo, líderes do G20, que congrega economias em desenvolvimento e economias avançadas, seguem para Washington para tentar encontrar caminhos que garantam que a crise, iniciada com a quebra do mercado imobiliário dos Estados Unidos, não se repita.
Mas um acordo entre os integrantes do G20 – que representam 85%da economia do mundo e dois terços da população mundial – para decidir se será preciso mais regulação dos mercados para proteger consumidores, poupadores e investidores, é pouco provável.
Washington afirma que não se deve voltar para uma situação de grande controle do Estado sobre o mercado. Já grandes países da Europa acreditam que sem regulação, a repetição das turbulências do último ano será inevitável.
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, já pediu medidas coordenadas para impulsionar o crescimento econômico, uma área de política onde é possível se chegar a um maior consenso.
“Agindo agora nós podemos estimular o crescimento de todas as nossas economias. O custo da inação será bem maior do que o custo de qualquer ação”, disse Brown a jornalistas em Nova York, na quinta-feira.
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