A estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e a Petrobras tentarão alcançar amanhã um acordo sobre o preço do gás que a Bolívia exporta para o Brasil.
Este anúncio foi feito hoje pelo presidente-executivo da YPFB, Juan Carlos Ortiz, que confirmou a realização da reunião entre representantes das duas empresas na cidade de Santa Cruz, após os sucessivos adiamentos dos últimos meses.
Durante a inauguração de uma exposição fotográfica em La Paz, que repassa os quase 70 anos da petrolífera boliviana, Ortiz disse que as negociações com a Petrobras sempre foram “positivas e tendentes à busca de soluções”.
Em meio à nacionalização dos hidrocarbonetos patrocinada pelo presidente boliviano, Evo Morales, a Petrobras chegou a um acordo com a YPFB no dia 28 de outubro para continuar operando na Bolívia, mas a questão do preço do gás e a situação de suas refinarias ficou em aberto.
O Brasil compra atualmente da Bolívia cerca de 26 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, o que equivale a praticamente a metade de seu consumo.
Morales deseja alcançar um aumento significativo do preço do combustível que exporta para o Brasil, atualmente de US$ 4 por milhão de unidade térmica britânica (UTB), US$ 1 a menos que a tarifa paga pela Argentina.