Representantes do mercado financeiro internacional ouvidos pela BBC Brasil não acreditam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá promover reformas radicais econômicas no segundo mandato nem crêem no suposto “fim da era Palocci”.
No fim de semana, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, decretou o fim da “era Palocci no Brasil”, em menção à política do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que qualificou como sendo de “taxas baixas de crescimento, preocupação neurótica com inflação, sem pensar em distribuição de renda e crescimento”. Os comentários de Genro sinalizam para uma disputa interna no governo entre adeptos de uma linha desenvolvimentista, compartilhada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e seguidores de uma política de que prioriza a estabilização, defendida pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
BBC