“Esta é uma vitória da população mato-grossense, que merece usufruir de um sistema de transporte coletivo de qualidade, já adotado em mais de 90 cidades de países desenvolvidos. O VLT é o principal legado que o governo do Estado e a Assembleia Legislativa deixarão para Cuiabá e Várzea Grande dentro dos preparativos para a Copa. Muito mais importante que a própria Arena Pantanal, considerando o alcance social da implantação do novo modal”.
Com estas palavras, o principal defensor do Veículo Leve sobre Trilhos, o deputado José Riva (PSD), destacou o avanço dos trabalhos. A convite do governador Silval Barbosa, uma comitiva de deputados estaduais visitaram o Centro de Manutenção instalado nos arredores do aeroporto Marechal Rondon.
Para o deputado, a chegada das composições, o início dos testes de funcionalidade e a entrega das primeiras obras de mobilidade necessárias para a passagem do VLT, afastam qualquer dúvida sobre a concretização deste avanço.
“O VLT será um marco na história de Cuiabá e Várzea Grande, que ingressam na era da modernidade em termos de transporte público. A partir de 2014, a população vai usufruir do primeiro VLT movido a energia elétrica da América Latina” afirmou Riva, com base nas informações dos técnicos da CAF Brasil – empresa que integra o Consórcio VLT e é responsável pelo fornecimento do material rodante (trens) e sinalização ferroviária.
Memória
Durante a visita, o parlamentar lembrou a reunião realizada no dia 21 de fevereiro de 2011, quando tomou a iniciativa de convencer o governador sobre a necessidade da mudança de modal, deflagrando o processo de elaboração dos estudos que comprovaram a viabilidade e as vantagens do VLT.
“O governador teve a sabedoria de autorizar a substituição do modal e em breve até os mais críticos vão reconhecer que estávamos certos ao propor a mudança. Esta é a função do parlamentar, fazer estes contrapontos em defesa dos interesses dos cidadãos que representamos”.
Riva destacou também as iniciativas do ex-deputado federal Bento Porto (já falecido), e do ex-prefeito Roberto França, que iniciaram as discussões sobre o novo modal. “Nós demos continuidade ao trabalho destes homens públicos de visão, que décadas atrás já pensavam no futuro e no bem estar dos usuários do transporte coletivo”, pontuou.
O deputado disse que recebeu muitas críticas por causa do custo do VLT em relação ao BRT, sistema de corredores exclusivos para ônibus. “Na verdade, o desembolso estimado para o BRT não incluía as desapropriações. Com a mudança, o Estado está investindo praticamente o mesmo montante, mas a população terá um transporte rápido, confortável, não poluente, seguro e de longa durabilidade”, justificou.
O metrô de superfície é uma obra necessária para facilitar a mobilidade das pessoas, que hoje convivem com um transporte coletivo precário, poluente e insatisfatório. Quando os 280 vagões estiverem operando nos dois ramais, mais de 60 mil passageiros serão transportados por dia com rapidez, eficiência, conforto e segurança.
Quanto à entrega no prazo contratado, Riva lembrou que isso dependerá de vários fatores, incluindo as condições meteorológicas. “Vamos torcer para que o primeiro ramal esteja funcionando em junho, durante a Copa. Mas o importante é o legado que ficará para atender com dignidade a população”, finalizou.
Acompanharam a visita os deputados Airton Português (PSD), Pedro Satélite (PSD) e Hermínio J. Barreto (PR), presidente da Comissão Parlamentar Especial de Fiscalização e Acompanhamento das Obras da Copa do Mundo de 2014 da Assembleia Legislativa.
Etapas
Nesta primeira etapa de implantação, o governo está priorizando o eixo CPA-Aeroporto, considerando a necessidade de facilitar o acesso do público à Arena Pantanal durante a Copa. Os canteiros centrais das avenidas da FEB, 15 de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha) e Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA) estão sendo preparados para a montagem dos trilhos.
A capacidade máxima de passageiros será de 400 pessoas por veículo e o tempo de espera para o embarque será de até quatro minutos. No pacote de obras está prevista a construção de quatro terminais de integração (Aeroporto, CPA, Porto e Coxipó), além de uma estação diferenciada no Morro da Luz, onde os dois eixos se encontram.
Ao longo dos 22 km, serão distribuídas 33 estações de embarque e desembarque, sendo vinte e duas na linha 1 (Aeroporto-CPA) e onze na linha 2 (Centro-Coxipó).