A vendedora Lucieni Dias da Costa, que permaneceu presa injustamente durante mais de dois anos no Presídio Feminino da Capital e finalmente inocentada pelo Tribunal do Júri de Várzea Grande em maio deste ano, fará um protesto diante do prédio do Fórum, no Bairro Água Vermelha.
É que desde o dia em que foi presa (01/04/2011) Lucieni está longe de sua filha menor de idade, cuja guarda provisória foi entregue a sua principal acusadora, a ex sogra. A criança sumiu da cidade e o Poder Judiário não lhe restitui a guarda e nem toma providências em relação aos seus pedidos no tocante à criança.
O drama de Luciene Dias da Costa, de 25 anos, começou com a acusação de ser a mandante do assassinato de seu esposo, Arley Amorim Arguilera – morto no dia 30 de dezembro de 2010, no bairro Mangabeiras, em Várzea Grande. Desta acusação ela foi absolvida pelo Tribunal do Juri, em sessão ocorrida em 17 de maio deste ano, um dos mais longos julgamentos de 2013.
Desde então a jovem luta para recuperar a guarda de sua filha, C.A.C.A, hoje com 8 anos de idade, mas o Judiciário tem sido moroso e insensível a sua dor. Já passaram três magistrados pelo processo, existem denúncias de alienação parental e uma juiza determinou que a guardiã, pessoa que está com a criança desde 2011, passe por tratamento psiquiátrico. Ou seja, a criança, filha de Lucieni, foi retirada de seus braços por decisão de um juiz, e entregue a pessoa portadora de problemas mentais.
A mãe vem tentando reverter a decisão, mas até mesmo o acesso ao processo lhe é negado e o juiz se recusa a recebê-la. Depois da manifestação programada para esta sexta feira (30/08), a partir das 14 horas na entrada do Fórum de Várzea Grande, a duplamente vítima de erro judiciário pretende levar o fato ao conhecimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.