Em um dia de violentos ataques, um terrorista suicida matou seis líderes tribais que se opõem à rede terrorista Al Qaeda no Iraque em um hotel de Bagdá, informou a polícia. No total, ao menos 41 pessoas foram mortas nesta segunda-feira em diferentes atentados no país.
Habib/Reuters
Bombeiros observam local do atentado na cidade de Hilla, que matou ao menos oito
O premiê do Iraque, Nouri al Maliki, afirmou que o ataque no hotel foi uma vingança contra os líderes tribais, que se uniram às forças de segurança dos Estados Unidos para derrotar a Al Qaeda no Iraque. “Os terroristas cometeram este crime para encobrir suas derrotas nas Províncias de Anbar e Diyala para os filhos das tribos e as forças militares”, disse Maliki em um comunicado.
O ataque suicida, perpetrado com bombas no hotel, ocorreu em meio a uma ofensiva da coalizão internacional no Iraque contra a rede terrorista em Bagdá, na Província de Diyala e em outras áreas violentas. Segundo a polícia, um terrorista detonou explosivos no lobby do hotel Al Mansour, onde líderes tribais sunitas da Província de Anbar estavam reunidos.
Entre os mortos está Fassal al Igoud, ex-governador de Anbar e o mais proeminente dos líderes mortos, segundo o Exército dos EUA e a polícia local. O número de líderes mortos ainda pode aumentar, já que ainda há corpos que não foram identificados no local da explosão.
A TV estatal iraquiana Al Iraqiya afirmou que um de seus apresentadores também foi morto na ação, que deixou ao menos 12 mortos e 21 feridos no total.
Outros ataques
Na cidade de Baiji, outras 18 pessoas morreram e 40 ficaram feridas quando um terrorista suicida jogou um caminhão-tanque com explosivos contra a sede da polícia local, segundo o chefe de polícia Ghazwan al Janabi.
Em Mossul, 120 km ao norte de Baiji, um carro estacionado explodiu em uma área residencial da cidade, matando três pessoas e ferindo 40.
A polícia disse também que oito pessoas morreram quando um carro-bomba explodiu próximo ao escritório do governador na cidade xiita de Hilla.
Oficiais dos EUA e do Iraque responsabilizaram a Al Qaeda pela maioria dos ataques com carros-bomba.
Operação anti-Al Qaeda
Dezenas de milhares de soldados americanos e iraquianos fazem parte de uma nova operação no Iraque, segundo a agência Reuters. É uma das maiores operações contra a Al Qaeda no Iraque desde a invasão liderada pelos EUA em 2003.
“Matamos membros da Al Qaeda aos montes, provavelmente quase cem guerrilheiros”, disse o oficial Mick Bednarek, comandante da ofensiva em Baquba, capital de Diyala e tida como bastião da rede terrorista.
As ofensivas tentam também dar mais tempo ao governo xiita de Al Maliki para atingir uma nova conformação política com os sunitas.
Com Reuters
FO