domingo, 22/12/2024
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Violência mata dois funcionários da ONU em Gaza

Dois funcionários da ONU (Organização das Nações Unidas) morreram nesta quarta-feira atingidos por tiros durante os confrontos que atingem a faixa de Gaza desde domingo (10).

Nesta quarta-feira, membros do grupo islâmico Hamas tomaram a principal estrada que liga as áreas sul e norte da região. Enquanto a violência se intensifica, cresce o temor por uma guerra civil na região.

Desde a segunda-feira (11), mais de 50 pessoas morreram em decorrência dos combates.

As duas vítimas trabalhavam para a Agência da ONU para a Ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).

Hatem Moussa/AP

Membro do Hamas atira contra homens do Fatah em Gaza; funcionários da ONU morrem
Após as mortes, a ONU anunciou que irá reduzir temporariamente suas atividades na região. “Devido à ameaça crescente à nossa equipe, a UNRWA não tem outra opção que não suspender suas operações na faixa de Gaza”, disse o porta-voz Christopher Gunness.

A agência deve continuar a fornecer serviços médicos básicos e distribuições de emergência.

Um dos funcionários morreu na linha de tiro de um confronto entre membros do Fatah e do Hamas. Outro funcionário foi atingido por disparos no norte de Gaza e morreu no hospital.

Os dois grupos disputam o controle da segurança desde que o Hamas venceu as eleições parlamentares de janeiro de 2006. Desde então, cerca de 630 palestinos morreram nos confrontos em Gaza. O acordo para o governo de coalizão palestino, que divide o poder entre os dois grupos, foi firmado em fevereiro último, mas não foi capaz de apaziguar os conflitos.

As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, braço armado do Fatah, declarou estado de emergência em Gaza nesta terça-feira.

“Loucura”

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pediu o fim imediato dos confrontos. “É uma loucura o que está ocorrendo em Gaza agora”, afirmou.

O premiê israelense, Ehud Olmert, expressou preocupação com a situação em Gaza nesta terça-feira e advertiu que, “se a região cair nas mãos do Hamas, haverá grande repercussão regional”. Israel considera o Hamas um grupo terrorista.

O Departamento de Estado americano alertou para a situação “muito perigosa” da segurança em Gaza, pedindo que jornalistas americanos que estejam na área deixem a região.

Protestos

A onda de violência ocasionou protestos em duas grandes cidades da faixa de Gaza.

Centenas de líderes tribais, mulheres, crianças e integrantes do Jihad Islâmico foram às ruas de Gaza para protestar contra os confrontos.

Segundo testemunhas, homens armados do Hamas atiraram contra os manifestantes quando estes se aproximaram da casa de um comandante do Fatah invadida em Gaza.

A multidão ficou cercada. Bilal Qurashali, um dos manifestantes, disse ter visto um homem ser baleado na cabeça. “Não conseguíamos sair, ficamos cercados”, disse ele.

Homens do Hamas posicionados em cima de um edifício abriram fogo contra cerca de mil manifestantes na cidade de Khan Younis, ferindo uma pessoa e dispersando o protesto.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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