Chegou tarde do trabalho e apelou para aquela lasanha congelada com opção para o jantar. Ou bateu a aquela vontade de atacar o hambúrguer do fast-food. Cometer deslizes na dieta é algo que acontece, mas fazer disso sua rotina pode trazer bem mais malefícios do que quilinhos a mais. Você pode colocar seu cérebro em risco.
Seguir uma dieta com muitos alimentos processados e industrializados pode provocar inflamação no cérebro, como alerta a médica nutróloga Cristiane Molon. Ela explica que o cérebro quando ingerimos muito açúcar ou itens de alto índice glicêmico, como pães brancos, massas e bolos, porque eles fazem a chamada "glicação" aumentar. "Com isso, a 'caramelização', ou seja, o endurecimento das proteínas dificulta a troca de oxigênio, de nutrientes e a neurotransmissão", detalha Cristiane.
Tal inflamação ainda acarreta, segundo a médica, outros problemas de saúde, como um metabolismo descompensado e mais lento e até comprometimento da tireóide.
O que não comer
Por mais que seja prático colocar aquela lasanha no micro-ondas, esse é um alimento que deve ser evitado. A nutróloga faz ainda uma lista com itens que podem levar a essa inflamação do cérebro.
- Embutidos, processados e congelados: nessa categoria entra a tal lasanha e também empanados de frango e massas prontas, além de salsichas e mortadela.
- Lanches e fast-food: os sanduíches costumam levar molhos prontos, além de conterem muito amido e gordura trans.
- Alimentos industrializados: no encontro com amigos, esqueça petiscos como chips, salgadinhos ou amendoim crocante. Eles são recheados de sódio e gordura hidrogenada. Ainda que a origem desses alimentos seja vegetal, com o processamento eles ganham características prejudiciais ao cérebro.
- Frituras em óleo de soja: esse preparo gera uma subtância tóxica chamada acrilamida. O mesmo vale para itens fritos em óleo de milho, canola ou girassol.
- Alimentos com muito amido ou açúcar: pães brancos, doces e bolos são carboidratos simples e de alto índice glicêmico.
- Macarrão instantâneo: mais uma na lista das coisas práticas, mas que fazem mal. Esse produto é temperado com glutamato monossódico e outros temperos artificiais, além de conter muito sódio.
O que comer?
Sempre que possível, a médica indica o consumo de comida sem manipulação química – aquela feita em casa, com temperos naturais e ingredientes frescos. Veja alguns exemplos de boas escolhas para incluir na dieta:
- Peixes: ricos em gorduras boas, como a ômega 3.
- Óleos: prefira opções como azeite de oliva extra virgem ou óleo de coco
- Oleaginosas: castanhas, nozes e amêndoas combinam com lanche da tarde ou aperitivo. Mas escolha a versão in natura e não aquelas salgadinhas
- Orgânicos: prefira frutas, legumes e verduras orgânicos
Além disso, para o bom funcinamento do cérebro e do corpo, além de cuidar da dieta é preciso, segundo a nutróloga, dormir bem, evitar estresse e praticar atividades físicas regularmente.
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