A certeza de que Cuiabá receberá pelo menos R$ 5 bilhões em investimentos públicos e privados, nos próximos três anos, obriga a Mesa Diretora da Câmara Municipal para o biênio 2011-13 a se preparar para fiscalizar com eficiência, como jamais fora feito. A avaliação partiu do presidente da Câmara, vereador Júlio Pinheiro (PTB), ao projetar os desafios do mandato da atual Mesa Diretora, que reabre os trabalhos do Legislativo na manhã desta quarta-feira (02/02), a partir das 9h, no plenário das deliberações do Palácio Pascoal Moreira Cabral.
“Sem dúvida, estamos provavelmente num dos mais importantes períodos da história recente de Cuiabá e, por extensão, de Mato Grosso”, argumenta Pinheiro. Ele crê que a responsabilidade do Poder Legislativo é redobrada, em especial porque há um volume considerável de recursos públicos, inclusive com necessidade de autorização de endividamento da municipalidade.
Júlio Pinheiro argumenta que a Câmara Municipal será “fiscal permanente e implacável da correta aplicação dos recursos públicos”, em qualquer época. Ele entende que, por ser oriundo da iniciativa privada, o próprio prefeito Chico Bello Galindo (PTB) tende a fomentar a fiscalização dos parlamentares.
“Com a administração Chico Galindo, temos pela frente perspectivas de investimentos maciços em infra-estrutura básica, com ênfase para saneamento, esporte e lazer, mobilidade urbana e habitação popular”, reconhece Pinheiro. “E, havendo fiscalização eficaz, certamente, o risco de ocorrer problemas, como no passado, são bem menores”, justifica Pinheiro, citando indiretamente possíveis falhas em licitações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), recém resgatado pela Prefeitura de Cuiabá, com aval do governador Silval Barbosa.
A primeira secretária da Câmara, vereadora Lueci Ramos (PSDB), recorda que, com a retomada do PAC e a realização da Copa do Pantanal em 2014, a Capital irá receber um aporte de investimentos que seriam possíveis apenas em 30 ou 40 anos. “Ainda bem que a maior parcela desses recursos vão para o saneamento. Água é vida e saúde, algo que, infelizmente, no passado, poucos administradores deram o devido valor”, emenda Lueci Ramos.
Ronaldo Pacheco