Enquanto as obras da Arena do Pantanal Governador José Fragelli estão em fase adiantada, os investimentos em mobilidade urbana, em especial para “destravar” o trânsito e os necessários para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), dificilmente estarão concluídos antes de julho de 2014. A avaliação partiu dos membros da Comissão Especial de Acompanhamento e Fiscalização da Copa no Pantanal, na Câmara Municipal, após conferir imagens e informações sobre elevados, trincheiras e duplicações de avenidas previstas para modernidade da Capital.
O presidente da Comissão Especial da Copa no Pantanal na Câmara, vereador Edivá Pereira Alves (PSD), acredita que o Governo de Mato Grosso tem de exigir agilidade da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo 2014 (Secopa). Ele cita que, até o momento, somente a obra da trincheira da Avenida Mário Andreazza, no cruzamento das Avenidas Miguel Sutil com Círiaco Cândia, nos bairros Santa Isabel e Cidade Verde, em Cuiabá, tem previsão de início.
“É certo que o maior legado da Copa do Mundo de 2014 para Cuiabá será a melhoria na mobilidade urbana. Disso, não existe a menor dúvida. Mas, pelo andar dos projetos, confesso que passo a temer pelo pior”, avalia Edivá Alves, que conhece o gargalo do trânsito da Capital.
“Apenas a trincheira da Mário Andreazza foi lançada. E olha que é obra que faz parte do plano B de locomoção entre aeroporto Marechal Rondon e a Arena Pantanal”, afirma ele. A Avenida Mário Andreazza faz parte do plano B, porque a principal ligação de Cuiabá com Várzea Grande e, por conseqüência, o Aeroporto Marechal Rondon, trata-se ainda da Avenida da FEB, que não recebeu nenhuma obra.
Os investimentos tendem a melhorar a mobilidade urbana por quase meio século, segundo o vice-presidente da Comissão Especial da Copa no Pantanal, vereador Pastor Washington Barbosa (PRB). “A expectativa é de que as obras facilitem o tráfego das principais vias da cidade”, justifica Washington Barbosa.
O vice-presidente da Comissão Especial da Copa na Câmara considera imprescindível que o governo de Mato Grosso e a Prefeitura de Cuiabá acelerem, também, o repasse de informações ao Poder Legislativo. “Em alguns setores, estamos às cegas, diante da escassez de informações. A Secretaria da Copa não pode fazer as obras à revelia, sem consultar a municipalidade”, adverte Pastor Washington.
A partir da próxima semana, a Comissão Especial da Copa na Câmara dará início à fiscalização externa, “in loco”, nos locais em que as obras já tiverem início e, ainda, onde há previsão de realização de investimentos.