Nicolás Maduro atribuiu o problema à sabotagem elétrica; Edmundo González Urrutia é alvo de investigação criminal
A rede elétrica da Venezuela depende muito da Barragem de Guri, uma gigantesca usina hidrelétrica que foi inaugurada no final da década de 1960. O sistema elétrico tem sido sobrecarregado pela má manutenção, pela falta de fontes alternativas de energia e pela drenagem de talentos de engenharia, já que cerca de 8 milhões de migrantes venezuelanos fugiram da miséria econômica nos últimos anos. Muitos dos problemas de energia diminuíram à medida que a economia do país sul-americano se estabilizou – embora em patamares ainda muito críticos -, a alta inflação diminuiu e uma dolarização de fato reduziu a escassez de produtos importados.
A possível prisão de Edmundo González Urrutia se dá pelo fato de que ele foi citado pelo Ministério Público, que abriu uma investigação criminal contra ele. É a terceira citação, depois que ignorou outras duas. O não cumprimento desta medida acarretaria a emissão de um mandado de prisão. Não está claro como fica o procedimento em meio ao apagão nacional. A oposição publicou em um site cópias de mais de 80% das atas de votação que a mostram vencedora, que é o foco da citação. Por causa disso, o MP investiga González Urrutia por suposta usurpação de funções e falsificação de documento público. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não publicou os detalhes do escrutínio mesa a mesa, conforme exigido por lei. Esses crimes teoricamente acarretam pena máxima de 30 anos de prisão. Não foi especificado em qual qualidade González foi convocado: acusado, testemunha ou especialista, de acordo com a lei venezuelana.
*Com informações das agências internacionais
Publicado por Sarah Américo-JovemPan