O empresário Luiz Antonio Vedoin, que prestaria depoimento na manhã de hoje a integrantes da CPI dos Sanguessugas, não foi localizado.
Ele deveria chegar em Brasília por volta das 7h, mas não chegou a sair de Cuiabá, no Mato Grosso. O empresário, que também não foi encontrado em casa, é acusado de comandar o esquema de liberação de emendas parlamentares para a compra de ambulâncias superfaturadas. O depoimento estava marcado para as 9h, na Superintendência da Polícia Federal. A PF está tentando localizá-lo.
A Polícia Federal de Cuiabá informou que enviou uma equipe para tentar localizar Vedoin e saber o motivo da ausência. O empresário, preso na Operação Sanguessuga, foi libertado pela Justiça e não pode ser obrigado a depor, já que a CPI apenas enviou um convite e não uma convocação.
Os integrantes da comissão aguardam a presença do empresário e informaram que não sabem se o depoimento ainda ocorrerá hoje. A advogada de Vedoin, Laura Gisele Spinola, que acompanharia o empresário a Brasília, não foi encontrada pela reportagem do Terra.
Os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG), integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas, afirmaram que, se o empresário não vier espontaneamente, a Polícia Federal o trará à força.
Vedoin é acusado de ser um dos principais responsáveis pela montagem do esquema de superfaturamento de ambulâncias. A fraude foi descoberta por uma operação desencadeada pela Polícia Federal, que abriu mais de 140 inquéritos sobre 76 municípios, envolvendo mais de mil ambulâncias, que custavam em média R$ 100 mil.
O esquema teria sido montado em Mato Grosso, onde mora Vedoim. O grupo tinha integrantes que atuavam em prefeituras, no Ministério da Saúde e dentro do Congresso Nacional, fraudavam licitações e influenciavam na liberação de emendas parlamentares.
Redação Terra