O turismo rural despontou, há pouco tempo, como uma das indústrias mais rentáveis e ecologicamente corretas do mundo. Isso abre, inclusive, perspectivas para um trabalho de educação e conscientização ambiental. Partindo dessa premissa, o veterinário Francisco Costa, criador do Museu Anátomo-patológico de Inspeção Animal de Várzea Grande – o primeiro de Mato Grosso – pretende inserir o município no circuito de visitação. “A cidade possui várias localidades que poderiam ser incluídos na rota. Aqui mesmo na localidade de Souza Lima temos ambientes favoráveis ao turismo ambiental e rural”, comentou.
Para Francisco Costa, é preciso desenvolver uma cultura de certificação para o turismo rural no município de Várzea Grande, agregando elementos do excursionismo local ao fomento da educação. “Estamos tentando, junto a empresas de viagens da capital, uma parceria de serviços para que elas possam divulgar o município e, ao mesmo tempo, criar alternativas para que os turistas possam visitar também o nosso museu”, comentou.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Adão Larrea, que visitando o museu, colocou-se à disposição do veterinário para que juntos possam tentar viabilizar a inserção de Várzea Grande no trecho de visitação turística rural do Estado. “Além de Souza Lima, os localidades de Passagem da Conceição, Limpo Grande, Praia Grande e Bonsucesso são ótimas opções de visitas”, comentou.
Quanto ao museu, o secretário destacou a importância do local principalmente para a questão educacional. “É impressionante a quantidade de manuscritos sobre a vida animal. Aqui o estudante poderá fazer as pesquisas e também ter o privilégio de certificar a montagem perfeita do esqueleto animal”, completou.
MUSEU DE INSPEÇÃO ANIMAL – Além dos esqueletos de boi, porco, carneiro e galinha, montados no centro da sala principal do Museu Anátomo-patológico de Inspeção Animal de Várzea Grande, turistas e visitantes podem também conferir órgãos bovinos em conserva, todos com aparência natural, que podem ainda serem pesquisados por alunos das redes municipal, estadual e federal.
A apresentação dos instrumentos é uma surpresa a parte para quem está visitando pela primeira vez. Alguns dos artefatos em amostra são confeccionados no frigorífico e exportados para estados americanos, países europeus e latinos. “Esse museu é a concretização de um sonho. É um projeto que deixo para a sociedade, uma herança que marcará minha vida como médico-veterinário”, destaca Francisco Costa.