Foi tenso o clima no Palestra após a derrota do Palmeiras para o Sport, na quarta-feira, por 2 a 1. Jogadores brigaram entre si e o técnico Caio Júnior foi chamado de burro pela torcida, inconformada com mais um vexame em casa.
No intervalo, ainda em campo, o zagueiro Edmílson, que estava no banco de reservas, foi tirar satisfações com o lateral-esquerdo Valmir, que falhou de forma grotesca no lance que gerou o pênalti (e o conseqüente segundo gol do Sport). Os dois discutiram e, por muito pouco, não se agrediram no gramado. Valmir chegou a ir pra cima de Edmílson, mas foi contido pelos colegas. “Errei e assumo”, disse Valmir, depois, já mais calmo.
O bate-boca continuou no vestiário e envolveu outros jogadores. O goleiro Diego Cavalieri era um dos mais irritados. “Com 1 a 0 no placar e um homem a mais, a gente deu mole! Isso não podia acontecer”, disparou o camisa 12, que se irritou também com a ausência de um jogador no rebote de sua defesa no pênalti cobrado por Da Silva.
Já a bronca da torcida com Caio Júnior se deu pelas substituições feitas pelo técnico. Ao tirar Martinez, autor do primeiro gol da noite, o treinador foi chamado de “burro” – e não só pela “Turma do Amendoim”, a ala mais crítica da torcida, mas sim pela maior parte das pessoas que foram ao Palestra Itália.
O time todo, aliás, saiu sob vaias. E uma parte dos torcedores gritou o nome de Edmundo, que não foi relacionado para o jogo de ontem por causa de problemas particulares.
“Lamentável. Um time que quer chegar ao grupo dos quatro melhores não pode tropeçar assim em casa”, disse o volante Pierre. “Foi uma noite em que nada deu certo. Vamos ter de recuperar esses pontos fora de casa.” O próximo jogo do Palmeiras é neste domingo, contra o Fluminense, no Maracanã. O zagueiro Nen tomou na quarta o terceiro cartão amarelo e está suspenso.