Cientistas finlandeses comprovaram que a vacina que previne o câncer de colo de útero provocada pelo papilomavírus humano (HPV), tem uma eficácia para prevenir a doença e as lesões pré-cancerosas em 90,4% dos casos, segundo estudo publicado na revista britânica “The Lancet”.
Embora existam diversos tipos de câncer de colo do útero, a vacina testada pelos pesquisadores atua contra os tipos 16 e 18, que representam mais de 70% dos casos de câncer provocados por HPV em todo mundo.
A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) causa 99% dos casos de câncer de colo de útero, o segundo tipo mais freqüente nas mulheres européias depois do câncer de mama.
Dirigido pela professora Jorma Paavonen, do departamento de ginecologia da Universidade de Helsinque, a equipe de cientistas aplicou a vacina contra o HPV 16/18 em 9.258 mulheres e a vacina contra a hepatite A em outras 9.267, todas elas infectadas com o papilomavírus humano ou com algum grau de anormalidade citológica.
Após 15 meses, os pesquisadores descobriram que a vacina tem 90,4% de efetividade contra uma neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) grave, transtorno no colo do útero associado aos tipos 16 e 18 do HPV.
Também verificaram que o nível de proteção contra infecções persistentes do HPV 16/18 aos seis e aos 12 meses é de 80,4% e de 75,9%, respectivamente.
Como se destaca no estudo, os resultados indicam que a vacina é efetiva e bem tolerada em uma ampla população de mulheres, o que reforça seu valor potencial para prevenir o NIC e o câncer de colo de útero.