Pesquisadores da Oregon Health & Science University tiveram uma taxa de imunização de 59% em macacos rhesus vacinados com a vacina do HIV
A vacina do HIV, vírus que apontado pela OMS como uma das grandes ameaças à saúde neste ano, pode estar ainda mais próxima do teste em humanos, graças a dois estudos publicados por pesquisadores da Oregon Health & Science University (OHSU) no Science Translational Medicine , utilizando macacos rhesus como cobaias.
Segundo nota da OHSU, os estudos descrevem como foi possível enfraquecer o vírus da herpes cytomegalovirus (CMV) para desenvolver uma alternativa mais branda da vacina do HIV que conseguiu eliminar o vírus SIV de 59% das cobaias .
Além da taxa de imunização acima de 50%, de acordo com a OHSU, 9 dos 12 macacos de laboratório vacinados com sucesso continuaram imunizados após um período de três anos, o que indica que a vacina também tem efeito de longa duração.
Novos horizontes para a vacina do HIV
Mas a descoberta vai além de mostrar a eficiência da nova versão: o sucesso no uso da vacina com CMV enfraquecido também significa que o teste em humanos pode estar mais próximo de se tornar realidade.
“Essa pesquisa traz insights potencialmente valiosos para o desenvolvimento de uma vacina do HIV baseada no CMV para humanos”, observou Klaus Früh, Ph.D. pela Universidade de Heidelberg, professor de imunologia e microbiologia na School of Medicine e no Vaccine and Gene Therapy Institute da OHSU e co-autor de ambos os estudos.
Louis Picker, doutor em Medicina da Universidade da Califórnia – São Francisco, co-autor dos estudos e professor da School of Medicine e do Vaccine and Gene Therapy Institute da OHSU, disse que as pesquisas atestam para a descoberta de uma versão da vacina mais segura para o uso clínico.
“Esses estudos recapitulam a já atestada eficiência do CMV como vetor com uma versão genéticamente modificada que é altamente atenuada e, dessa forma, potencialmente mais segura para o uso clínico”, afirmou.
Ou seja, a vacina do HIV , licenciada pela Vir Biotechnology, Inc., de São Francisco, ainda não é uma realidade, mas os resultados apresentados pelas pesquisas deve incentivar novos avanços na área.
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