quinta-feira, 21/11/2024
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Vacina do H1N1 deve ser eficiente com dose única, afirma fabricante

Estudos dos fabricantes e do governo americano mostram que uma só dose da vacina da nova gripe deve ser suficiente. O laboratório CSL, da Austrália, um dos pioneiros nos testes de eficácia da vacina, afirmou que a dose de 15 microgramas de vacina pura, sem adjuvantes – substâncias que ajudam a induzir a produção de anticorpos – é suficiente. Segundo a empresa, 98% dos indivíduos participantes do estudo apresentaram produção de anticorpos em quantidade capaz de proteger contra o H1N1.

Resultados semelhantes foram obtidos por outra fabricante, a Novartis, que afirmou que em seus testes a produção de anticorpos foi suficiente em 76% dos participantes, com uma dose única da vacina.

Segundo Anthony Faucci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doença Infecciosas, do governo americano, em entrevista a um jornal canadense, esses resultados são semelhantes aos obtidos pelos testes realizados até agora pelo NIH (Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos). Ainda segundo o médico, a produção de anticorpos foi obtida em 10 dias após a aplicação da vacina.

O mesmo instituto divulgou ontem que os testes da nova vacina serão realizados também em grávidas. Mais de 120 mulheres, com idades entre 18 e 39 anos que estão entre a 14ª e 34ª semana de gestação receberão a vacina. As grávidas deverão receber doses entre 15 e 30 microgramas do produto fabricado pela Sanofi-Aventis para o governo daquele pais.

A decisão técnica sobre a utilização de uma ou mais doses da nova vacina pode significar a cobertura do dobro de pessoas no mundo, já que estudos iniciais apontavam para a necessidade de duas doses para obtenção de proteção.
Em todos os estudos já divulgados, os efeitos colaterais são semelhantes aos que ocorrem na vacinação de gripe sazonal que é realizada todos os anos. O mais frequente é o desconforto no local da aplicação.

Ainda restam dúvidas quanto à eficácia da vacina nos idosos. As primeiras informações dão conta de que essas pessoas não produziriam a quantidade ideal de anticorpos com a vacina por já terem tido contato com vírus semelhantes em ocasiões anteriores.

Já com as crianças com menos de 9 anos, ainda não existem evidências que possam definir se serão necessárias uma ou mais doses para que se obtenha a proteção desejada.

De qualquer forma, o tempo para a decisão está se esgotando para os governos do Hemisfério Norte que deverão enfrentar o aumento do número de casos com a chegada do inverno.

G1

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Parmenas Alt
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