Estudantes do curso de Turismo do Centro Universitário (Univag), em Várzea Grande, têm até o dia 7 de novembro para concluir o levantamento da oferta turística da cidade. Quatro equipes estão em campo, visitado os estabelecimentos e colhendo informações para elaboração de um banco de dados sobre a estrutura e os atrativos que cidade possui.
A idéia é fazer um raio-x do que o município tem à ofertar aos turistas, principalmente para aqueles vindos de outros estados. O resultado da pesquisa será usado para planejar investimentos e abastecer os postos de informações ao visitante.
O Ministério do Turismo disponibilizou recursos de R$ 200 mil para elaboração das pesquisas que serão realizadas em 19 municípios de Mato Grosso, entre eles: Várzea Grande, as cidades de Chapada dos Guimarães, Nobres, Diamantino, Jaciara, Poconé, Cáceres, Alta Floresta, Campo Verde e Cuiabá. A ação também tem parceria com o governo do Estado, prefeituras, universidade e o Sebrae.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Adão Larrea, após a conclusão do inventário será possível conhecer a potencialidade de Várzea Grande e que tem a oferecer. “A elaboração de um inventário como esse é de extrema importância, e não apenas para o turismo. A partir dos resultados obtidos ficará muito mais fácil atrair também investidores para o município”, afirmou.
Larrea comentou ainda que o levantamento da oferta turística de Várzea Grande, também será um ponto de partida para ações que deverão ser implementadas por esta e outras administrações. “O turismo é um setor que precisa de grandes investimentos”.
REGIÕES – A professora do Univag, Rossana Ravache, informou que 20 alunos, do 4º e 5º semestres do curso de Turismo, foram divididos em quatro equipes e estarão percorrendo os principais estabelecimentos da cidade, hotéis, restaurantes, locadoras, agencias de viagens, entre outros. “Nossos alunos foram treinados para fazer essa pesquisa, mas necessitamos da compreensão e ajuda dos entrevistados. A cidade foi dividida em quatro grandes regiões para que todos os segmentos sejam alcançados”, ponderou.
Para Ravache, o inventário vai possibilitar que a população como um todo reconheça a importância do setor de turismo. “Através dos resultados o próprio poder municipal pode tornar realidade ações, como por exemplo, a abertura de escolas, bibliotecas e locais públicos para a visitação nos fins de semana”.
O trabalho realizado pelos acadêmicos de turismo será contado como número de pontos para os estágios dos estudantes.
POTENCIAL TURISTICO – Além de ter conquistado fama de “Cidade Industrial” Várzea Grande guarda outros talentos. Em Bonsucesso, Passagem da Conceição e Praia Grande, as peixarias são irresistíveis e servem de cartão postal das belezas naturais que oferta a cidade. Já em Souza Lima, Capão Grande e Capão do Pequi, a atração é outra: visitantes podem acompanhar o trabalho paciente das tecelãs que usam técnicas tradicionais para confeccionar redes, tapetes e o que mais a imaginação permitir. Vale lembrar que características desse artesanato várzea-grandense destacam-se pela singularidade. Os produtos não encontram pares em outros cantos do Brasil – apesar de terem ficado conhecidas nacionalmente, como “redes cuiabanas”.
O turismo rural também pode ser uma grande opção para Várzea Grande. No município foi criado o Museu Anátomo-patológico de Inspeção Animal – o primeiro de Mato Grosso – que pode inserir o município no circuito de visitação. A apresentação dos instrumentos é uma surpresa à parte para quem está visitando o local pela primeira vez. Além dos esqueletos de bois, porcos, carneiros e galinhas, os turistas e visitantes podem também conferir órgãos bovinos em conserva, todos com aparência natural, que podem ainda ser pesquisados por alunos das redes municipal, estadual e federal.
