Um evento do PSDB com o intuito de alavancar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência, na noite desta segunda-feira em São Paulo, foi palco de ataque de tucanos contra o presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alckmin afirmou que o petista é “o Judas desta história, porque traiu o povo brasileiro”, referindo-se à suposta compra de um dossiê ligando candidatos tucanos à máfia das ambulâncias.
O candidato petista havia se comparado, no último fim-de-semana, a Cristo, e falado em traição. “Numa mesa de 12 pessoas, Cristo foi traído por um, mas mesmo assim ele não perdeu sua importância”, afirmou o petista.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seguiu a mesma linha e afirmou que Lula é como um “demônio”, ironizando a comparação do petista. “Nós temos que expulsá-lo daqui”, disse o presidente de honra tucano.
Quanto ao R$ 1,7 milhão usados para a suposta compra do dossiê, o presidente de honra do PSDB afirmou que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) “tem todas as condições” de saber a origem do dinheiro. O órgão não localizou, nesta segunda-feira, nenhuma movimentação suspeita em contas de pessoas envolvidas na tentativa de compra do documento.
O evento contou com a presença dos principais nomes do partido, como o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, e José Serra, além de Jorge Bornhausen (PFL). Os prefeitos do Rio de Janeiro, César Maia, e São Paulo, Gilberto Kassab, também compareceram ao evento que aconteceu no Clube Estéria, zona norte de São Paulo. A assessoria do candidato não foi localizada pelo Terra para comentar os ataques.
Redação Terra