O Tribunal Superior Eleitoral suspeita irregularidades em um contrato firmado entre uma empresa de Santa Catarina e a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição para a prestação de serviços de informática, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo. A prestação de contas da campanha petista será julgada até 10 de dezembro.
Segundo o jornal, servidores analisaram as contas da empresa UMTI, que recebeu 874.332,25 do PT. Localizada em Florianópolis, a empresa emitiu notas em valores que variam de 41.268 a 160.328 reais. Quantias referentes, segundo as notas, à locação de computadores e impressoras, além de suporte técnico.
Apesar de a UMTI ter CNPJ ativo desde 2003, a prefeitura da capital catarinense só concedeu autorização para emissão de notas fiscais à firma em setembro deste ano, já durante campanha eleitoral. Em vista disso, técnicos do TSE solicitaram uma investigação sobre a situação da empresa à Receita Federal.
De acordo com o jornal, o endereço que aparece como sede da empresa nas notas fiscais é, na verdade, a residência do dono, Davi Unfer. À reportagem, ele afirmou que a situação é resultado da tentativa de transferência da sede do Rio Grande do Sul para Florianópolis. Segundo um funcionário da Karnopp Imóveis, responsável pela administração do imóvel, a sede da UMTI em Santa Cruz do Sul (RS) foi vendida por 48.000 reais e está fechada. Unfer afirma ainda que se aproximou do comitê petista em 2010, quando teria prestado serviços de informática em Brasília.
O empresário disse ao jornal que locou quarenta equipamentos e contratado quatro funcionários temporários para trabalhar na campanha petista. O PT apresentou à Justiça Eleitoral, porém, um contrato que aponta a locação de oitenta computadores e vinte notebooks, além da contratação de cinco pessoas.
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