PL fala em “Caixa 2” abuso de poder econômico
De acordo com um relatório da área técnica do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não há registro, na prestação de contas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de doações de artistas que participaram de um evento de campanha na reta final do primeiro turno, no ano passado. Isso levou advogados da campanha de Jair Bolsonaro (PL) a alegarem que a falta deste registro configura caixa dois e abuso de poder econômico. A informaçào foi divulgada nesta terça-feira (7) pela Folha de S. Paulo.
O evento de apoio a Lula foi realizado em 26 de setembro de 2022, no auditório do Anhembi, em São Paulo, e contou com a presença de cantores como Anitta, Ludmilla, Pablo Vittar e Duda Beat. Na visão da campanha de Bolsonaro, a participação dos artistas equivale a uma doação estimada, uma vez que todos cobram altos cachês, e esses valores deveriam ter sido incluídos na prestação de contas.
A candidatura de Lula registrou apenas os gastos com a organização do evento, no valor de R$ 1,06 milhão, pago a duas empresas especializadas. A defesa de Bolsonaro pede a cassação de Lula e a inelegibilidade do presidente, enquanto a defesa do petista afirma que o evento comprometeu a lisura do processo eleitoral. O parecer da área técnica será usado para subsidiar a decisão do ministro-corregedor do TSE, Benedito Gonçalves, relator da ação, ainda sem data prevista.