O jovem Akayed Ullah, de 27 anos, nascido em Bangladesh, foi formalmente indiciado nos EUA por apoio ao terrorismo, nesta terça-feira (12), um dia após ser preso pelas autoridades norte-americanas como o principal suspeito do atentado terrorista frustrado ocorrido em Manhattan.
No documento de acusação contra o jovem, é citada uma publicação feita, logo antes do ataque, em sua página pessoal do Facebook, onde diz que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "fracassou em proteger o seu país". Além disso, o terrorista afirmou, na mesma rede social, que agia em nome do Estado Islâmico.
"Acredito que serei entendido pelos membros e apoiantes do Estado Islâmico ", escreveu Ullah.
O ataque aconteceu na entrada do maior terminal de ônibus do mundo, o Port Autority, localizado em Nova York.
Na ocasião, Ullah carregava uma bomba de fabricação caseira em seu tórax, mas o dispositivo foi acidentalmente acionado antes da hora prevista e falhou na explosão. Com isso, o ataque não deixou vítimas fatais, apenas três feridos, além do próprio terrorista, que foi levado a um hospital.
O jovem vive nos Estados Unidos desde 2011. Até o momento, as autoridades do seu país natal não encontraram ligação entre Ullah e organizações fundamentalistas islâmicas, além dessas publicações.
O FBI também admitiu que Akayed Ullah nunca aparecera em lista de suspeitos ou chamou a atenção dos serviços de inteligência.
Apesar disso, as autoridades dos EUA confirmaram que a explosão no terminal de ônibus fora "uma tentativa de atentado terrorista".
Imigrante
O jovem nasceu e cresceu na capital, Daca, mas seus pais são da ilha de Sundiva. O pai do agressor morreu há dois anos, em Nova York, e foi enterrado na cidade.
De acordo com a imprensa dos EUA, Ullah trabalhava como taxista no bairro do Brooklyn e teria organizado o ataque por "vingança" a episódios de violência ocorridos em Bangladesh.
No entanto, o seu país natal é aliado dos EUA no sudeste asiático e não costuma ser alvo de bombardeios.
Os investigadores do caso, porém, confirmaram que o jovem imigrante assistia a conteúdos nas redes sociais publicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A mulher de Akayed Ullah está sendo interrogada em Bangladesh. O terrorista tem um filho de seis meses com a esposa.
* Com informações da Agência Ansa.
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