Produtores cultivaram de forma irregular 18.025 hectares com algodão transgênico no primeiro semestre do ano, mostra levantamento divulgado hoje pelo Ministério da Agricultura. Nos seis primeiros meses do ano, técnicos do ministério fiscalizaram 160.343 hectares de lavouras de algodão. Essa área representa 18,97% do cultivo total de 845.300 hectares estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2005/06. Os dados constam em relatório técnico da Coordenação de Biossegurança.
No período, o ministério realizou 171 ações de fiscalização de atividades com organismos geneticamente modificados, sendo 41 em áreas de pesquisa agropecuária a campo, envolvendo as culturas de milho, algodão e cana-de-açúcar, e 130 em áreas de plantio comercial de algodão e milho. Foram fiscalizadas lavouras nos estados da Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.
Com o cultivo de transgênicos em desacordo com as Leis de Biossegurança e de Sementes e Mudas, a fiscalização federal agropecuária lavrou 27 autos de infração e encaminhou as notificações à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). O processo de apuração e aplicação de penalidades na esfera administrativa estão em fase de julgamento no Mapa e podem incluir multa a apreensão do produto, informou o relatório.
O ministério não identificou nas áreas de plantio comercial de milho a presença de organismos geneticamente modificados. Em atividades de pesquisa agropecuária com organismos geneticamente modificados também não foram constatadas irregularidades.
