quinta-feira, 21/11/2024
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Transexual que destruiu carro após briga alega homofobia: Me senti um lixo

transexual Kerollayne Rodrigues, de 27 anos, que foi flagrada em um vídeo pulando em cima de um carro e danificando o para-brisa do veículo, alega que foi vítima de homofobia ao ser agredida pelo dono do automóvel, um comerciante de 28 anos, em Santos, no litoral de São Paulo. Sete pessoas foram detidas, mas acabaram sendo liberadas horas depois.

A confusão generalizada ocorreu na Rua João Pessoa, a mais importante do Centro da cidade, na quinta-feira (18), e foi registrada em um vídeo que viralizou na internet. Diante da confusão, cinco menores de idade, três travestis e duas adolescentes, ajudaram a destruir e atear fogo ao veículo, que ficou completamente destruído.

"Entendemos que houve um desentendimento entre o motorista do veículo e a Kerollayne. Ele deu uma cabeçada nela na porta de um bar, e tudo começou a partir daí. Por isso, os dois, que são maiores de idade, foram enquadrados como vítimas e autores dos atos", informou a delegada Rita de Cassia Garcia Mendez.

A autoridade policial é titular da Delegacia da Infância e Juventude (Diju) de Santos, para onde o caso foi levado, em razão do envolvimento de menores de 15 a 17 anos. "Duas vão responder por ato infracional, por danificarem o veículo, conforme aparecem nas imagens. A que arrancou a porta do veículo apenas utilizando o braço tem 17 anos", conta.

 

Para Kerollayne, entretanto, ela e as amigas foram vítimas de homofobia. "Eu me senti um lixo com tudo isso. Nós estávamos no bar, nos divertindo, pois tínhamos trabalhado à noite. Ele saiu do bar, começou a me xingar de 'traveco' e me deu uma cabeçada. Eu não tenho sangue de barata, então fiz o que fiz", contou.

Ela não se arrepende da atitude que tomou, e chegou a postar um desabafo em uma rede social. "Você reconheceu que era eu em cima do carro, né? Foi do babado. Eu subi ali pensando em destruir tudo mesmo. Nunca tinha passado por isso. Minhas amigas botaram fogo depois. Ninguém ali queria fazer programa com ele, não. Foi homofobia o que ele fez", alegou.

Durante a confusão, o comerciante, que mora na cidade vizinha São Vicente, fugiu do local. "Ele correu feito uma garça quando viu a polícia chegando. Nós ficamos e fomos detidas em flagrante, mesmo. Depois, ele apareceu na delegacia". Após prestarem depoimento, todos foram liberados pela delegada. A hipótese da briga ter iniciado por conta do comerciante não ter pago um programa feito com uma das travestis, levantada inicialmente por testemunhas e pela própria polícia que estava no local, acabou sendo descartada após os depoimentos.

 

 

Fonte:G1-SP

 

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