Transformar em museu o casarão que por sete anos foi palco das festas do santo mais tradicional do povo cuiabano é a proposta do Projeto de Lei 275/2010, do deputado Mauro Savi (PR), que cria o “Museu Cultural da Cuiabania – Casa de Bem Bem”. O nome faz homenagem à irmã mais conhecida de uma família de 13 filhos, a senhora Constança Figueiredo, conhecida como Dona Bem Bem. Foi na casa dela que de 1974 a 1981, que os festeiros de Cuiabá organizaram a festa de São Benedito.
Com a proposta, o deputado quer guardar, preservar e expor ao público, o acervo de obras literárias, de documentos, objetos de arte, objetos decorativos, coleções, gravuras, quadros, entre outros elementos culturais pertencentes à Dona Bem Bem, que retratam a tradição e cultura da época. Mas, no local também serão expostos materiais desta natureza de propriedade pública e de artistas variados.
“O Museu terá por finalidade, em especial, a guarda e difusão de objetos, obras de artes e documentos de diversos gêneros que contribuam com o conhecimento e estudos dos aspectos sociais, artísticos, políticos, econômicos, dentre outros, da história antiga e recente do nosso Estado”, diz trecho do texto.
O projeto ainda define que a entidade obedecerá a Lei 11.904/09, que instituiu o Estatuto dos Museus. Ou seja, no local serão recolhidos, inventariados estudados, expostos e divulgados os “testemunhos da cultura material e imaterial relacionados com a tradição e historia de Dona Bem Bem” e de artistas.
No artigo 2º da proposta, o museu ficará vinculado a Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso, que deverá gerenciar a política estadual sistemática de preservação do patrimônio cultural, material e imaterial, lá exposto. O local também deverá abrigar artistas de outros segmentos culturais, que poderão ter ali um espaço para exposição de seus trabalhos.
O casarão colonial onde vivia Dona Bem Bem foi construído em 1848 e hoje é tombado como patrimônio histórico. O prédio está localizado na Rua Barão de Melgaço, é de propriedade privada e esta em bom estado de conservação. O projeto já foi lido em plenário e agora tramita na Assembleia Legislativa.
MÁRCIA OLIVEIRA/AL
