quinta-feira, 07/11/2024
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Traficantes podem ter matado menor

O adolescente Welington Rafael Oliveira, de 15 anos, foi executado com quatro tiros na cabeça no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Cuiabá. O crime ocorreu anteontem, por volta das 21 horas, na rua K próximo a ponte que liga os bairros Nossa Senhora Aparecida e São Gonçalo, local onde não existe iluminação. Investigações preliminares dão conta que o assassinato seria um acerto de contas por causa de problemas mal resolvidos envolvendo o tráfico de drogas.

Familiares da vítima disseram a policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que o adolescente era usuário de drogas. No entendimento dos policiais, o garoto teria dado um “banho” nos traficantes, o que na gíria do tráfico significa comprar drogas e não pagar por elas.

Conforme revelaram essas investigações, minutos antes do crime, Welington estava de bicicleta e passou num bar onde conversou com o pai. Em seguida, montou na bicicleta com o objetivo de retornar a sua casa, localizada nas proximidades. Ao passar pela rua K teria sido cercado pelos criminosos – as investigações apontam mais de um autor.

Ao lado do corpo, foi deixada a bicicleta ficando descartada a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), pois nada foi levado. Os policiais descobriram que o garoto trabalhava como mecânico de bicicletas numa oficina próxima de sua casa.

“Os moradores das proximidades disseram ter ouvido seis disparos, mas nada viram porque a rua é escura. Geralmente as pessoas nunca vêm nada, imagine então em um local escuro. Tudo aponta mesmo para um acerto de contas, pois os tiros foram na cabeça”, observou um policial que participa das investigações.

O delegado João Bosco de Barros, titular da DHPP, deverá ouvir familiares do adolescente para obter mais detalhes sobre o seu comportamento social. Os policiais querem descobrir quem são os traficantes do bairro, mas acreditam que os criminosos tenham contratado algum pistoleiro para a prática do assassinato. Moradores do bairro admitiram aos policiais que o tráfico de drogas é intenso na região, principalmente no período noturno.

A chefe de operações da DHPP, policial civil Aparecida Behmer, informou que cerca de um terço dos assassinatos é motivado por uso de drogas. Acrescentou que o crime passional e o uso de bebida alcoólica completam a lista. “Temos vários motivos, como acerto de contas, vingança, mas a droga, a bebida e a passionalidade respondem pela maior parte dos assassinatos na Grande Cuiabá”, lembrou.
DC

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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