Os rendimentos no país ficaram menos concentrados em 2008, mas a maior parte ainda está nas mãos de uma pequena parcela da população, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O levantamento indica que 42,7% do total das remunerações estão concentrados nos 10% da população ocupada que detém os maiores rendimentos. Em 2007, 43,3% dos ganhos estavam nas mãos dos 10% com os maiores rendimentos.
Por outro lado, os 10% da população ocupada com os rendimentos mais baixos ficaram com 1,2% do total dos salários no ano passado. Em 2007, essa proporção era de 1,1%.
O índice de Gini da distribuição do rendimento mensal seguiu em trajetória descendente em 2008, chegando a 0,521 na média de todo o Brasil. Em 2007, era de 0,528.
O índice mede o grau de concentração de uma distribuição, e varia de zero a um. Quanto mais próximo de um, mais desigual é o dado avaliado.
Nas regiões, houve variações significativas no Norte (de 0,494 para 0,479), Sudeste (de 0,505 para 0,496) e no Sul (de 0,494 para 0,486).
No Nordeste, o índice de Gini ficou praticamente estável (de 0,547 para 0,546). Segundo o IBGE, isso ocorreu porque houve aumento de rendimento em diferentes estratos da população ocupada.
No Centro-Oeste, o índice manteve-se estável, em 0,552.
A Pnad 2008 investigou 391.868 pessoas em 150.591 domicílios por todo o país a respeito de sete temas (dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento), tendo setembro como mês de referência.
F.Online