Um coletivo de torcedoras do Galo colocou duas faixas de protesto contra o atacante Robinho do Atlético-MG, em frente à sede administrativa do clube, no bairro de Lourdes.
O motivo? A condenação a nove anos de prisão por crime de 'violência sexual em grupo' pela primeira instância da Justiça italiana.
"Um condenado por estupro jogando no Galo é uma violência contra todas as mulheres", dizia faixa estendida pelo grupo Feministas do Galo.
Foto: Divulgação/Feministas do Galo
O grupo denominado "Feministas do Galo" pediu um posicionamento do time mineiro. As faixas continham as seguintes mensagens: "Um condenado por estupro jogando no Galo é uma violência contra todas as mulheres" e "Galo, seu silêncio é violento! Não aceitaremos estupradores!".
Ao Superesportes, o coletivo explicou a ação e enfatizou que apesar do jogador ter o direito de recorrer à decisão, seria plausível por parte do atacante, uma reflexão. Além disso, o grupo criticou o silêncio da diretoria do Atlético-MG, que não se pronunciou sobre o caso.
Outra faixa continua a frase "Galo, seu silêncio é violento. Não aceitaremos estupradores".
Foto: Divulgação/Feministas do Galo
– Robinho foi condenado por estupro e o Galo se calou diante disso, assim como o futebol se cala para o fato de acontecer um estupro no Brasil a cada 11 minutos. Acumulamos histórias de violência de jogadores contra as mulheres e não vamos mais permitir esse silêncio ensurdecedor. Ele já foi condenado e, ainda que caiba recurso, isso não isenta o jogador e o clube de realizarem um profundo processo de reflexão e autocrítica acerca do processo de banalização da violência contra a mulher. Além de acharmos inaceitável a diretoria do Galo não se posicionar esperamos que não renovem o contrato com o jogador.
A assessoria de imprensa do clube informou que o Atlético-MG não vai comentar o assunto por considerá-lo particular do jogador e por ainda estar sendo discutido judicialmente.
O atacante foi condenado no dia 23 de novembro por abusar de uma jovem albanesa de 22 anos. A decisão da 9ª Vara do Tribunal de Milão considerou que Robinho participou do ato ao lado de outras cinco pessoas, no dia 22 de janeiro de 2013. Enquanto a condenação final não é determinada, a pena não é aplicada. Por isso, ele responde o caso em liberdade.
Por meio da advogada Marisa Alija, Robinho se posicionou oficialmente sobre o caso.
– Sobre o assunto envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclareço que meu cliente já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio. Todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância – declarou Marisa Alija.
Fonte:LANE