A Seleção Brasileira amargou um empate por 0 a 0 com a Venezuela, em Salvador, na noite desta terça-feira, em partida válida pela segunda rodada do grupo A da Copa América e, se a equipe deixou o gramado sob vaias, o técnico Tite foi criticado por não ter feito alterações no segundo tempo que deixariam o time mais ofensivo.
“Eu não tenho toda essa intuição, essa capacidade de tirar um volante e colocar um meia, por exemplo. Eu sou incompetente pra essa situação, colocar um jogador e achar que ele vai resolver num passe de mágica, se não houver uma estrutura montada e apenas pela pressão e a necessidade do resultado”, disse o treinador em entrevista coletiva após o jogo na Arena Fonte Nova.
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A partida ficou marcada pelos dois gols brasileiros anulados pela arbitragem, com auxílio do VAR, além do outro tento de Firmino também ter sido invalidado devido a falta do atacante no lance. Questionado se o fator emocional do elenco preocupa para a rodada decisiva, Tite voltou a repetir que o Brasil não irá alterar sua forma de jogar.
“Preocupação? Tenho, sim. O atleta não é insensível. Mas nós temos que saber trabalhar em cima adversidade, no segundo tempo eu pedia, ‘continuem trocando passes em busca do espaço’. Esse é o nosso jeito de jogar, não adianta querer fazer de uma outra forma, não é essa a nossa ideia. Não é a forma com a que nós trabalhamos, e não é essa a característica dos atletas. Mas é preciso saber trabalhar em cima das pressões, é um dos nossos desafios também”, analisou.
(Foto: Getty Images)
Assim como na estreia da Copa América, a Seleção Brasileira recebeu vaias da torcida em Salvador durante e após o apito final. O treinador, no entanto, minimizou a situação. “Nós temos que compreender o torcedor, ele quer ver gol. Se eu viesse ver o jogo, iria querer a mesma coisa, é compreensível”, disse.
Já sobre a participação decisiva do VAR para o empate em Salvador, o comandante admitiu: “Justiça, foi falta. Se eu estivesse do outro lado eu estaria satisfeito, não tenho absolutamente nada a reclamar”.
Por fim, Tite explicou ainda o motivo de ter optado por deixar Everton novamente entre os reservas, formando o trio de ataque brasileiro com Firmino, David Neres e Richarlison.
“É preciso entender que o jogador jovem vai ter uma irregularidade. quando testamos o Neres entrando no lugar do Cebolinha, ele foi melhor. quando fizemos o contrário, aconteceu o mesmo, por esse tipo de situação. mas é uma concorrência importante, sim, e que está em aberto
O Brasil volta a campo contra o Peru, na Arena Corinthians, no próximo sábado, às 16h (de Brasília), em partida válida pela última rodada do grupo A.