De acordo com o Tesouro, os principais objetivos para 2010 são aumentar o prazo médio da dívida, substituição gradual dos títulos remunerados pela Selic por títulos com rentabilidade pré-fixada ou vinculada a índices de preços e ampliação da base de investidores.
A meta do governo é que o percentual de títulos pré-fixados encerrem 2010 entre 31% e 37% (em 2009, ficou em 32,2%). Já para os remunerados por índices de preços a margem é de 24% a 28% (foi de 26,7% em 2009). Os títulos remunerados pela Selic deverão fechar o ano com 30% a 34% da fatia total da dívida (teve 33,4% em 2009) e os indexados ao câmbio entre 5% e 8% (era 6,6% no ano passado).
O prazo médio da dívida, que fechou dezembro em três anos e meio, deve ficar entre 3,4 e 3,7 anos em 2010. Já o percentual de papéis que vencem em 12 meses –23,6% no fim de 2009– deve fechar este ano entre 24% e 28%.
2009
O crescimento da dívida em 2009 se deve, em grande parte, à emissão de títulos no valor de R$ 100 bilhões para capitalização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social). O governo decidiu injetar dinheiro no banco para manter as linhas de crédito abertas durante a crise econômica.
O montante de papéis com rendimento pré-fixado fechou 2009 em 32,2% (era 29,9% em 2008), acima do teto previsto no PAF de 2009 que era de 31%.
Já o montante indexado a índices de preços ficou em 26,7%, contra 26,6% em 2008, dentro das margens estabelecidas pelo governo. O total remunerado pela Selic ficou em 33,4% (era 32,4%) e pela variação cambial em 6,6% (era 9,7%), esse último abaixo do piso do PAF que era de 7%.
“A melhora nas perspectivas dos agentes permitiu que o Tesouro Nacional adotasse estratégias para melhorar o perfil da dívida, com maior participação de títulos prefixados e com prazos mais longos, o que se refletiu em uma menor proporção da dívida a vencer no curto prazo”, afirma relatório divulgado pelo Tesouro.
F.Online