Pesquisa, que envolveu mais de 3.600 participantes, indica que até uma semana de exposição a altas temperaturas pode provocar mudanças no DNA, resultando em um envelhecimento acelerado
Os resultados indicam que uma pessoa que enfrenta 30 dias consecutivos de calor acima de 32ºC pode envelhecer biologicamente cerca de 51 dias a mais do que o esperado. A análise não revelou diferenças significativas entre diferentes faixas etárias, gêneros ou classes sociais, mas evidenciou uma relação entre residir em regiões com maior incidência de calor extremo e um aumento na idade biológica. Eunyoung Choi, uma das autoras do estudo, ressaltou que os habitantes de áreas com mais dias de calor intenso podem experimentar um envelhecimento biológico até 14 meses mais acelerado.
A pesquisa também estabeleceu uma conexão entre apenas sete dias de exposição a temperaturas elevadas e alterações no DNA, destacando a gravidade do impacto do calor no organismo. As modificações químicas no DNA, conhecidas como metilação, podem ser afetadas por fatores ambientais. O calor extremo pode desestabilizar o equilíbrio genético, aumentando o risco de doenças e mortalidade. As mudanças epigenéticas observadas podem explicar por que indivíduos expostos a calor crônico apresentam maior vulnerabilidade a problemas cardíacos, neurodegeneração e uma resistência reduzida a infecções.
Jovem Pan