quinta-feira, 21/11/2024
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Temer anuncia FIM de indicações políticas para estatais e pressiona Câmara

O presidente em exercício, Michel Temer, anunciou nesta segunda-feira (6) que determinou a paralisação de "toda e qualquer" nomeação para diretoria ou presidência de empresas estatais ou fundos de pensão. O peemedebista explicou durante entrevista coletiva em Brasília que aguarda a aprovação de um projeto que está na Câmara – já aprovado no Senado – que limita as indicações para esses postos, que só poderiam ser ocupados por pessoas com qualificação técnica. Na prática, a mudança veta a interferência política nas indicações para estatais.

"Aprovando o projeto, o governo estará dando mais uma passo no sentido do que apresentou em seu início", disse Temer. Segundo o presidente em exercício, houve conversas com líderes da Câmara neste domingo (5) para pedir que o projeto seja levado à votação já nesta terça-feira (6).

 

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Além de pressionar sua base aliada a acelerar a tramitação do projeto no Congresso, a declaração de Temer também transmite uma mensagem de combate à corrupção, uma vez que investigações como a da Operação Lava Jato identificaram diversos crimes relacionados a indicados políticos na Petrobras.

Antes de conceder a entrevista, havia a expectativa de que o presidente em exercício tratasse de questões delicadas que têm atingido seu governo, como a saída de alguns ministros por conta de denúncias justamente da Operação Lava Jato. Temer deseja interromper o ciclo que se tornou corriqueiro desde que ele chegou ao Planalto, de que, cada denúncia ou crítica a alguém ligado a seu governo acarrete em uma baixa. A avaliação é que esse movimento estaria dando instabilidade ao governo.

O pedido de investigação contra o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, preocupa Temer. Segundo interlocutores, o presidente em exercício já havia avisado a todos os membros do governo que estão enfrentando problemas na Justiça que deveriam se antecipar e pedir para sair, para evitar constrangimentos ao Planalto.

 

Neste momento, no entanto, não há nenhuma decisão sobre saída do ministro do Turismo. A princípio, a ideia é que Alves, que é amigo pessoal de Temer, permaneça, porque, segundo avaliações, não haveria fato novo em relação às investigações que estão sendo feitas.

No caso da secretária das Mulheres, Fátima Pelaes, cuja situação também é considerada delicada, o tema está em discussão. O governo, no entanto, considera que, além do problema que ela tem com a justiça, há bombardeio de petistas e movimentos sociais que querem a sua saída devido à sua posição em relação ao aborto. A secretária já se manifestou contrária ao aborto até em caso de estupro.

Fátima é alvo de investigação na Justiça Federal por supostamente haver participado de um esquema de desvio de R$ 4 milhões em verbas no Ministério do Turismo, objeto da Operação Voucher, da Polícia Federal, iniciada em 2011.

Em seu rápido pronunciamento nesta segunda-feira, Temer não abordou nenhuma das polêmicas envolvendo sua equipe e não respondeu a perguntas dos jornalistas.

*Com informações do Estadão ConteúdoLeia tudo sobre:

 

 

 

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