quinta-feira, 07/11/2024
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Taques nega ter mado fazer grampo

O governador Pedro Taques (PSDB) negou que tenha solicitado grampos ilegais contra políticos, empresários, advogados e jornalistas conforme denúncia apresentada junto à Procuradoria Geral da República (PGR) pelo ex-secretário de Segurança e promotor de justiça Mauro Zaque. Taques diz nunca solicitou escutas ilegais e não tinha conhecimento da denúncia. 



“Eu nunca pedi para quem quer que seja que isso fosse feito. E isso se o fato for verdadeiro. Eu nunca pedi. E se a pessoa diz que eu tinha conhecimento dessa central de escuta, ela terá que provar”, disse o governador durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (12). 



Taques explicou que a denúncia encaminhada por Zaque à PGR, alego que teria protocolado a denúncia dos grampos no gabinete do governo. Porém, a PGR remeteu a denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) por falta de provas de que pessoas com foro privilegiado tinha participação ou conhecimento da denúncia. “A denúncia que o ex-secretário Mauro Zaque protocolou na PGR dizia que o governador sabia dessa central de escuta clestina. Porém, o procurador-geral da República entendeu que não existia participação de pessoas dotadas de foro privilegiado e devolveu ao Ministério Público Estadual”, revelou o governador. 



O chefe do Executivo estadual ainda explicou que a denúncia apresentada pelo seu ex-secretário à PGR foi baseada em documentos que classificou como “fraudulento”. 



“Eu fiquei sabendo na quinta-feira (11) por conta do repórter do Fantástico que existia um documento protocolado do dia 14 de outubro de 2015, feito por Mauro Zaque com vários documentos anexados. Eu nunca fui procurado por uma equipe do Fantástico e informado que o caso será divulgado na edição deste domingo (14). Relata que foi informado pela reportagem de que além do documento do dia 8 de outubro, o promotor Mauro Zaque tinha feito um segundo protocolo no Palácio do Governo no dia 14 de outubro de 2015 junto vários documentos e anexos com dezenas de páginas. Eu nunca tive acesso a esse ofício”, atestou o tucano alego que o documento entrou na Casa Civil, mas não teve nenhuma circulação. Porém quo fomos investigar esse documento protocolado remete sobre um processo da Sinfra. Portanto é uma fraude. Não tem nada a ver com o que ele alegou na PGR. “Fraude”, disse Taques. 



“Eu só posso tomar providências de alguma coisa se eu tiver conhecimento do assunto. Eu só poderia tomar alguma decisão se eu tivesse conhecimento desse documento”, pontua. 



O governador ainda explicou que diante das denúncias que considerou “grave das escutas telefônicas ilegais, decidiu adotar várias providências. “Isso tem que ser investigado”. As medidas que eu já tomei foi à exoneração do meu advogado Paulo Taques, que estava respondendo pela Casa Civil para que ele faça a defesa do único patrimônio que tenho que é a minha honra no Ministério Público Estadual e Federal”, disse Taques que também anunciou várias representações contra o promotor de justiça Mauro Zaque. 



“Eu estou represento o promotor Mauro Zaque na Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Procuradoria Geral da República (PRG). Ele disse que através desse documento eu sabia do caso. Eu nunca vi esse documento e é uma fraude esse protocolo. E também disse que o comante da PM disse dos grampos. Isso eu nunca pedi isso para o comante da PM. E isso precisa ser investigado”, afirmou. 



O governador ainda solicitou ao atual secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas investigue o caso. 



“Nós vamos instaurar um procedimento investigatório junto a Polícia Judiciária Civil e vou pedir para que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para que pare o “Sistema Guardião” que é responsável pelas interceptações telefônicas para atividades investigativas”, disse Roger Jarbas lembro que o “Sistema Guardião” pertence ao Gaeco e que o canal fica dentro da Policia Militar através de um Termo de Cooperação Técnica entre a PM e o Gaeco. 



A denúncia de que várias autoridades políticas teriam sido grampeadas ilegalmente, veio à tona na última quinta-feira (11) quo uma equipe de jornalismo do Fantástico da Rede Globo chegou a Cuiabá realizo várias entrevistas com pessoas que foram alvo da “arapongagem”. 



A deputada estadual Janaina Riva (PMDB), principal opositora do governo Taques gravou para o Fantástico. 



Outros deputados estaduais e federais, juízes, desembargadores, promotores e conselheiros do TCE, jornalistas e empresárias também teriam sido alvos da ilegalidade de escutas. 



O advogado José do Patrocínio também gravou entrevista para o Fantástico. Patrocínio foi coordenador jurídico de campanha do petista Lúdio Cabral, nas eleições de 2014. 



A denúncia, dos grampos ilegais, partiu do promotor de Justiça, Mauro Zaque, que foi secretário de Segurança Pública e deixou o executivo estadual em 2015, em uma queda de braço com o, agora ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diario de Cuiabá

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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