O governador Pedro Taques e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, se encontraram ontem em Brasília para a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica em que o ministério transfere para o governo de Mato Grosso os trabalhos de fiscalização do uso de sementes e mudas nas propriedades rurais e a adesão do Estado ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, aplicado às cadeias dos produtos de origem vegetal.
Juntos, o governo de Mato Grosso e o Ministério da Agricultura comporão o Comitê Executivo Estadual de Defesa Agropecuária (Ceda), formando um plano de trabalho para fiscalização, alcance de metas e apuração de denúncias quanto ao uso de sementes e mudas, combatendo fraudes, clandestinidade e informalidades.
“Entre os produtores e os consumidores existe um sistema que é muito monitorado, que é a questão da sanidade, que nós não podemos falhar em nenhum momento”, assinalou o ministro Blairo Maggi.
De acordo com Pedro Taques, a medida permite que Mato Grosso faça um trabalho que antes só poderia ser feito por técnicos em Brasília. “Assumimos atribuições do Ministério da Agricultura, levando isso para o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea). O Ministério só tem cinco técnicos para Mato Grosso e nossos 95 técnicos do Indea, agora, farão essa atividade de fiscalização de sementes e mudas”, disse.
Para o governador Pedro Taques, a produção mato-grossense é responsável pela balança comercial brasileira e, portanto, nada mais justo que o governo federal ajude o Estado. “Sei da importância deste setor para sustentar o superávit da balança comercial do Brasil. O superávit em Mato Grosso no ano passado foi de 13 bilhões de dólares. Isso mostra que estamos segurando a balança comercial brasileira. Nós ajudamos muito o Brasil e o Brasil precisa ajudar mais a Mato Grosso. Um termo como esse é uma sinalização neste sentido”, avaliou.
O governador citou alguns avanços no setor agropecuário desde o início de 2015, fruto do trabalho desenvolvido pelo Indea, mostrando que o apoio do governo federal é essencial para novas tecnologias e estruturação do órgão. “Em 2015 conseguimos muitos avanços. Conseguimos a liberação de Mato Grosso na Europa sobre a peste suína clássica, por exemplo. Inauguramos um laboratório de defesa sanitária, mas queremos transformá-lo em um grande centro de desenvolvimento. Também fomos a vários países vendendo nossas potencialidades”, finalizou.
O ministro Blairo Maggi anunciou a liberação de R$5 milhões em recursos, oriundos de convênio assinado no final de 2015 com o governo de Mato Grosso. A contrapartida do Executivo estadual será de R$ 320 mil para adequação de estrutura, treinamento, compra de veículos e tecnologias ao Instituto de Defesa Agropecuária.
Fonte:Diario de Cuiabá