Sete turistas espanhóis e dois iemenitas morreram em um ataque suicida com carro-bomba supostamente cometido pela rede terrorista Al Qaeda na Província de Marib, no Iêmen, nesta segunda-feira.
Outras oito pessoas ficaram feridas e foram levados a hospitais em Sanaa e Marib, 150 km ao leste da capital, segundo a agência oficial de notícias Saba, que cita o Ministério do Interior.
Segundo fontes da segurança, o ataque terrorista ocorreu pouco depois da divulgação de um comunicado da rede terrorista, que exigia a libertação de membros da organização detidos no Iêmen.
O grupo estava próximo de um local turístico em Marib quando foi atingido.
Liderada pelo saudita Osama bin Laden, a rede Al Qaeda se estabeleceu no Iêmen na década de 90, apesar dos esforços do governo iemenita para conter a célula terrorista.
O país uniu-se à guerra contra o terror lançada pelos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro, e combate a ação de extremistas islâmicos há anos. De acordo com as fontes da segurança, a Al Qaeda também exigiu que o Iêmen reveja sua cooperação com os EUA.
Em março deste ano, um estudante francês e um iemenita morreram, e outro francês ficou ferido quando rebeldes xiitas atacaram um colégio islâmico em uma área ao norte do Iêmen
Em 2006, o Iêmen foi atingido por dois ataques suicidas contra instalações de gás e petróleo, dias depois que a Al Qaeda pediu que os muçulmanos atacassem alvos ocidentais, em especial as instalações petrolíferas.
Em 20002, um grupo atacou a instalação de uma empresa francesa em Limburg, na costa do Iêmen. Em 2000, um ataque suicida contra um navio americano matou 17 marinheiros.
Localizado ao sul da península Arábica, o Iêmen é vista pelo Ocidente como refúgio de membros da rede terrorista Al Qaeda. Um grande número de turistas e estrangeiros a trabalho no país foram seqüestrados na última década por líderes tribais que exigem melhores escolas, estradas e serviços, ou a libertação de parentes presos.
A maior parte dos reféns foi libertada sem sofrer ferimentos. No entanto, em 2000, um diplomata morreu durante um tiroteio no país. Em 1998, quatro ocidentais morreram durante uma tentativa de resgate do Exército, depois do seqüestro de 16 turistas.
Com Reuters
FO
