Um estudo mostrou que o pelo dos cães analisados tinha menos bactérias que transmitem doenças ao ser humano do que a barba dos homens
Em uma aposta sobre quem é mais limpo, seu palpite seria seu cachorro ou você? A resposta, de acordo com a ciência, pode te surpreender, já que um estudo publicado no periódico científico European Radiology – o jornal oficial da Sociedade Europeia de Radiologia – descobriu que a barba dos homens carrega mais microrganismos patogênicos que os melhores amigos deles, os cães.
A descoberta foi por acaso. Uma equipe fazia testes para verificar se seria higiênico e seguro colocar cachorros em uma máquina de ressonância magnética antes de atender um paciente humano quando percebeu que a barba pode ser muito mais suja do que você imagina.
Andreas Gutzeit, membro do departamento de radiologia da Paracelsus Medical University em Salzburgo e do Instituto de Radiologia e Medicina Nuclear da Hirslander Klinik St. Anna, e outros 12 pesquisadores coletaram amostras de 30 cachorros e 18 humanos, colocando-as sobre diferentes aparelhos de ressonância para a realização do estudo.
Além disso, enquanto microrganismos patogênicos humanos – isto é, causadores de doenças transmissíveis para o homem – foram encontrados no pelo de apenas 4 dos 30 cães, eles apareceram nos pelos faciais de 7 cobaias barbados.
Ou seja, enquanto somente 13% dos cachorros tinham bactérias e outros microrganismos causadores de doenças para os seres humanos no pelo, a proporção ia para 39% no caso dos homens barbudos.
Dessa forma, os autores do estudo concluíram que os cães não apresentam risco para os seres humanos se forem colocados num aparelho de ressonância magnética, já que eles são mais “limpos” até que a barba de um homem comum.