O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou decisão anterior, que autorizava a quebra do sigilo bancário do publicitário Duda Mendonça no exterior, bem como de sua sócia Zilmar Fernandes da Silveira. A decisão vale para a Dusseldorf, offshore que pertence ao publicitário e foi utilizada para receber de forma ilegal pagamento por serviços prestados ao PT.
Duda se tornou mais um dos protagonistas do escândalo político do “mensalão” após admitir à CPI dos Correios que recebeu por meio de caixa 2 o pagamento de seus serviços na campanha do PT de 2002. Os recursos não declarados teriam sido desviados para conta no exterior, por intermédio do banco BankBoston.
Alvo de quebra de sigilo bancário no inquérito do mensalão, na parte que investiga Duda Mendonça, o Nassau Branch of BankBoston no Brasil pediu ao Supremo Tribunal Federal a suspensão da quebra de sigilo. A empresa alegou que a privacidade de todas as pessoas que fizeram remessas legais seriam violada.
Duda e Zilmar estão entre as 40 pessoas denunciadas ao STF pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, por suposto envolvimento com irregularidades relacionadas ao mensalão. São acusados de praticar os crimes de evasão divisas e lavagem de dinheiro, devido às operações financeiras realizadas no exterior à revelia da Receita Federal.
Redação/FolhaOnline