Pessoas das classes C e D foram as que mais afirmaram ter mudado a rotina após os episódios – 47% e 40% respectivamente. Entre os paulistanos de classe A, 28% disseram ter alterado alguma coisa.
Os mais jovens passaram a ter mais cuidado: 33% afirmaram ter diminuído as saídas à noite e 18% disseram ter a preocupação de voltar para casa mais cedo. Na avaliação da empresa, a atitude provavelmente gerou um impacto nas atividades comerciais noturnas.
Entre os mais velhos, 28% afirmaram ter aumentado a preocupação com a segurança da casa. A mudança de comportamento mais citada foi a de andar mais atento na rua, olhando para todos os lados. No entanto, 60% dos entrevistados afirmaram não ter mudado nada em sua rotina.
A vontade de mudar de cidade foi apontada por 39% dos pesquisados. Cerca de 22% disseram que o desejo aumentou após a onda de violência. Entre os que afirmaram ter vontade de sair da cidade, 64% apontaram a violência como principal motivo e 20% citaram a falta de segurança. Outros motivos indicados pelos entrevistados foram a procura de tranqüilidade (35%) e a busca de qualidade de vida (19%). A vontade de mudar de cidade é mais freqüente entre os que não nasceram em São Paulo (45%) e entre os que já foram alvo de assaltos ou de outras formas de violência (42%).
Os paulistanos apontaram o aumento do efetivo policial nas ruas e a criação de empregos como as duas ações mais importantes que o governo deveria colocar em prática, sendo citadas por 47% e 38% dos entrevistados, respectivamente. O fim da corrupção foi considerado uma saída por 26% e o investimento na educação, por 25%. A elaboração de leis mais rígidas foi citada por 24% dos entrevistados e a proibição do uso de celular na cadeia, por 18%.