A líder do Partido do Congresso indiano, Sonia Gandhi, saiu hoje em defesa do acordo nuclear entre a Índia e os Estados Unidos, dizendo que ele ajudará o país a crescer mais rapidamente.
Numa reunião da juventude de seu partido, em Nova Délhi, Gandhi disse que o acordo de cooperação civil não terá repercussões negativas no programa atômico indiano. Em vez disso, ajudará o país a adquirir energia, tecnologia e eletricidade para crescer mais rapidamente.
Ontem, os aliados comunistas do Governo autorizaram o início das conversas com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o acordo.
Segundo o ministro de Relações Exteriores indiano, Pranab Mukherjee, os resultados das conversas do Governo com a AIEA serão comunicados aos comunistas, que se opõem ao pacto, antes de um acordo definitivo.
Para os comunistas, cujo apoio parlamentar é imprescindível para o Governo, o pacto nuclear representa a submissão indiana aos interesses dos EUA e ameaça o programa estratégico da Índia. O país não assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e adquiriu armas atômicas.
Sonia Gandhi garantiu que o programa estratégico não será afetado pelo acordo, já que a política de seu partido desde os tempos do ex-primeiro-ministro Jawaharlal Nehru é de “confiança em si mesmo”.
“Mas a cooperação internacional em nossos próprios termos é uma parte inalienável da autoconfiança”, disse, segundo a agência indiana “PTI”.
No congresso também se encontravam o primeiro-ministro, Manmohan Singh, e vários ministros.
Gandhi também disse que seu partido está comprometido com um acordo de desarmamento universal, segundo um plano de ação que o seu marido, o ex-primeiro-ministro Rajiv Gandhi, apresentou às Nações Unidas em 1988.
UltSeg