Os deputados estaduais devem investigar, pela terceira vez, as denúncias envolvendo casos de sonegação e renúncia fiscal de empresas de grande porte. O requerimento para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é do deputado Wilson Santos (PSDB) e já conta com nove assinaturas.
A justificativa, agora, é que o trabalho ainda não foi satisfatório porque não atingiu todos os setores, como por exemplo, os fornecedores de combustíveis.
O primeiro pedido de CPI aconteceu em 2014, quando Silval Barbosa comandava o Estado e José Riva a Assembleia Legislativa. Em 2015, os parlamentares apuraram as supostas irregularidades, à época Pedro Taques (PSDB) comandava o Palácio Paiaguás e Guilherme Maluf (PSDB) o Legislativo.
De acordo com Wilson Santos, este novo pedido já foi assinado pelos deputados Elizeu Nascimento (DC); Valdir Barranco (PT); Lúdio Cabral (PT); Janaina Riva (MDB); Dr. João (MDB); Thiago Silva (MDB); Delegado Claudinei (PSL); João Batista (PROS); e o próprio Wilson Santos. O requerimento deve ser apresentado nesta terça-feira (12).
As CPIs da Assembleia Legislativa são formadas por cinco deputados titulares e cinco deputados suplentes. Cabe aos blocos partidários fazer a indicação de cada componente da comissão.
Em todas as vezes que CPIs foram abertas, a alegação era de investigar empresas ligadas ao agro, como cooperativas de cereais, desta vez, Wilson alega que outros setores da economia de Mato Grosso também serão investigados.
Como exemplo, Wilson cita o setor de combustíveis em que, segundo ele, há uma sonegação milionária por ano.
“Temos denúncias de que há evasão de ouro, mineração, madeira e cerca de R$ 100 milhões sonegados só de combustíveis, segundo uma fonte do próprio setor. Vamos tentar trabalhar com o máximo de frentes. Nos últimos anos foram fechados oito, sete postos fiscais”, disse o deputado.
O tucano disse que vai buscar respostas para o fechamento dos postos.
“A Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) está muito defasada, não se modernizou, não se equipou, não adotou metodologia e ferramentas modernas de arrecadação. Os setores que controlam as exportações são extremamente falhos”, finalizou.
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