A PricewaterhouseCopers (PwC), uma das líderes em auditoria e consultoria empresarial, apresenta a primeira sondagem, “A Força do Estado de Goiás”, que aborda as expectativas sobre a economia e o crescimento dos negócios em 2010 e 2011, a partir de pesquisa com executivos de Goiás.
O sócio da PwC – Brasil e líder da operação da firma no Distrito Federal e em Goiás, Douglas Oliveira, e o sócio Geovani Fagunde apresentam no evento um resumo das conclusões da sondagem. As reformas tributária e trabalhista, a participação nos mercados nacional e internacional, além da capacidade local de geração de mão de obra treinada e qualificada são alguns dos aspectos em destaque. De acordo com Oliveira, a pesquisa busca identificar o que está na agenda dos empresários, os desafios na gestão e as perspectivas de negócios. “Goiás é um dos destaques nacionais em termos de potencial de negócios e de crescimento econômico” afirma ele.
A amostra contempla empresas de diferentes setores, tais como têxtil, papel e celulose, mídia, entretenimento, varejo e agronegócios. A maioria delas, 48,5%, é de grande porte, com expectativa de faturamento superior a R$100 milhões em 2010. Todas as empresas participantes têm, no mínimo, 100 funcionários, sendo que 26,5% com mais de mil colaboradores. As entrevistas da primeira sondagem foram feitas no período de julho a agosto deste ano, com presidentes e ou executivos destas companhias.
Crescimento econômico
A maioria (53,4%) dos empresários goianos está otimista quanto às perspectivas de negócios para 2010 e 2011. Eles acreditam que o Brasil encerrará o ano com PIB 5% maior que 2009. A pesquisa da PwC ressalta que 59,3% dos executivos pretendem investir em Goiás, contra 33% em outros estados; e 7,4% no exterior. A maioria dos investimentos previstos para Goiás será de até R$15 milhões e, para o exterior, o valor estará entre R$ 15 milhões e R$ 25 milhões. Para expansão de negócios em outros estados, 10,5% dos empresários pretendem investir mais de R$ 300 milhões. Esses investimentos estão distribuídos em instalações e equipamentos (28% cada), contratação de pessoal e produção (19,4% cada) e novos produtos (17 2%).
Desafio empresarial
Os empresários destacam a necessidade de priorizar a redução da carga tributária e melhorar a infraestrutura do país, principalmente do Estado de Goiás. Segundo os dados apresentados pela PwC, eles afirmam que sem essas mudanças não será possível para o país manter altos padrões de competitividade na economia global. Estudos anteriores da firma de auditoria e consultoria, com experiência em outros países, indicam que a solução para o problema dos altos tributos passa pela simplificação da legislação, modernização da administração tributária e combate à sonegação.
No caso da infraestrutura é preciso repensar os modelos de financiamento e melhorar a capacidade de gestão dos grandes projetos. Novos modelos de financiamento, como as Parcerias Público Privadas (PPP) e o modelo de concessões, são soluções que garantem a gestão de projeto públicos.
A sondagem da PwC enfatiza que, além de problemas macro operacionais como a carga tributária e infraestrutura, o custo financeiro e a retenção de capital humano são outros fatores que impactam nos negócios. Como estratégia para superar parte desses obstáculos, as empresas buscam a ampliação de mercado e do portfólio de produtos. O resultado da amostra evidencia que 88,2% dos entrevistados esperam terminar 2010 com maior participação no mercado; 70,6% prevêem um aumento nos lucros em relação ao ano passado; e 74,3% acreditam que ele será ainda maior em 2011.
Vantagens do Estado de Goiás
“A Força do Estado de Goiás”, da PwC, mostra que a localização estratégica, incentivos fiscais e possibilidade de expansão dos negócios são as principais vantagens do Estado para o crescimento dos negócios. Por outro lado, a qualidade de mão-de-obra e a malha viária são consideradas as duas maiores fragilidades da região.
Entre os líderes empresariais, 82,3% preveem que Goiás crescerá mais do que os demais estados. Os setores mais promissores são o agronegócio, o setor farmacêutico e o automotivo. O agronegócio, setor de grande importância para a economia do Estado, atualmente, representa 67% do PIB e 75% das exportações goianas. O Estado é o quarto produtor de soja do país e também possui o quarto maior rebanho com 21 milhões de cabeças. A expectativa do governo é dobrar a produção de soja e triplicar o volume de produção de carne, o que colocará Goiás no topo do ranking para essas duas culturas.
Frente a todas essas potencialidades, o setor enfrenta muitos desafios, que atrasam o crescimento do agronegócio, como a falta de infraestrutura na malha viária, que causa o aumento do frete e o desperdício de produtos. Além disso, a elevada carga tributária e a falta de mão de obra qualificada são fatores que também impedem o seu avanço. Para os líderes da PwC, responsáveis pela pesquisa, esse são pontos primordiais que assegurariam a sustentabilidade do setor a longo prazo e merecem destaque na visão e atuação do poder público.