O número de militares americanos mortos no Iraque desde a invasão de março de 2003 superou a marca dos 3.500 depois da morte, neste domingo, de três soldados em um ataque suicida ao sul de Bagdá, anunciou nesta segunda-feira o Exército dos EUA.
De acordo com contagem da agência de notícias France Presse com base em dados do Pentágono, ao menos 3.501 militares americanos morreram no Iraque desde março de 2003.
“Três soldados da coalizão morreram e seis ficaram feridos no domingo quando o posto de controle no qual estavam foi atacado por um suicida que dirigia um carro-bomba perto de Mahmudiya, 30 km ao sul de Bagdá”, informa um comunicado do Exército americano.
O próximo premiê britânico, Gordon Brown, encontra soldados do Reino Unido
“Um intérprete iraquiano também ficou ferido no ataque, que destruiu parte de uma ponte”, diz ainda a nota.
O ataque que matou os três soldados e feriu outros seis ocorreu na noite de domingo no momento em que o grupo chegava a um posto de controle, segundo o porta-voz militar dos EUA Randy Martin. “Eles estavam sobre ou perto da ponte que ruiu”, disse ele.
Equipes com maquinárias foram enviadas ao local para desbloquear a estrada, onde o tráfego ficou interrompido por escombros, segundo o comunicado militar.
Mahmudiya é uma região considerada bastião de insurgentes sunitas e faz parte do chamado Triângulo da Morte.
Dois soldados americanos que faziam patrulha na região estão desaparecidos desde 12 de maio. O corpo de um terceiro soldado que havia sido seqüestrado foi achado após 15 dias.
Milhares de soldados foram destacados em Bagdá e em outras regiões do Iraque como parte de uma operação de segurança que já dura quatro meses e visa deter a violência sectária.
Visita
O próximo premiê britânico, Gordon Brown, fez uma visita-surpresa ao Iraque nesta segunda-feira, após prometer rever a participação de seu país no conflito.
Brown deveria reunir-se com o presidente iraquiano, Jalal Talabani, com o ministro das Finanças, Bayan Jabr, e com o general Graeme Lamb, alto comandante do Exército.
A visita não foi anunciada publicamente devido a questões de segurança. Morteiros atingiram Bagdá e Basra (sul) durante uma visita do atual premiê britânico, Tony Blair, no mês passado.
Brown afirmou que o conflito no Iraque é “difícil” e “causa divisão”, mas que apóia a decisão de invadir o país tomada pela coalizão liderada pelos EUA em 2003.
Ele não deixou claro qual será a sua política para o conflito no país depois que assumir o cargo de premiê do Reino Unido.
FO